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Moradora do Vale do Itajaí solicita à PGR pedido de prisão preventiva de Lula

De acordo com ela, discurso do ex-presidente violou a Lei de Segurança Nacional

A moradora de Brusque, Sabrina Avozani, protocolou na noite de domingo, 10, na Procuradoria Geral da República (PGR), denúncia contra o ex-presidente Lula por crime contra a Segurança Nacional.

Sabrina, que é uma das líderes do Movimento Brusque Contra Corrupção, solicita ao órgão que peça a prisão preventiva do ex-presidente, que após 580 dias, deixou a Superintendência da Polícia Federal de Curitiba, na sexta-feira, 8, onde estava preso pela condenação no caso do triplex do Guarujá (SP), um dos processos da Operação Lava Jato.

Para ela, o discurso de Lula na tarde de sábado, 9, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo, incorreu nos artigos 16 e 22 da Lei de Segurança Nacional.

“Os atos considerados crimes é a incitação de seus seguidores e companheiros para agirem igualmente ao povo do Chile, ou seja, de forma a implantar o caos social”, diz.

Em seu primeiro discurso em São Paulo, Lula disparou críticas ao atual governo e declarou que a esquerda brasileira “tem de seguir o exemplo dos manifestantes do Chile, da Bolívia, tem de lutar, resistir”.

Há 25 dias os chilenos realizam protestos violentos na capital, Santiago, e em diversas outras cidades, contra o governo do presidente Sebastian Piñera. As manifestações começaram quando o governo anunciou o aumento das tarifas do metrô. Os protestos foram crescendo e a cada dia levam cada vez mais pessoas às ruas. Até o momento, já são 20 mortos em decorrência dos protestos no país.

Organizações de direitos humanos e sindicatos têm feito alertas insistentes sobre o abuso de policiais no controle das manifestações.

Sabrina destaca ainda que Lula faz apologia ao crime de invasão, destruição de patrimônio e ameaça, “o que repercute em afronta ao Estado de Direito, em especial porque ele pede a desobediência à ordem político/social”, diz.

“Não podemos aceitar que a impunidade nesse país prevaleça, conforme o STF tentou fazer nesse julgamento com o fim da prisão em segunda instância. Se estamos combatendo a corrupção, não podemos ser coniventes com as leis que blindam os bandidos”, completa.