Moradores de Blumenau reclamam de falta de iluminação em túnel e relatam sentir medo

Espaço é usado diariamente por moradores da região que precisam chegar ao trabalho

Um túnel localizado na rua Henrique Weiss tem preocupado os moradores que utilizam a estrutura para atravessar a via e chegar até o local de trabalho. O espaço pode ser utilizado por pedestres e ciclistas.

Uma moradora da região, que não quis ser identificada, utiliza o espaço diariamente para ir trabalhar. Logo cedo, por volta das 7h, ela vai trabalhar e retorna às 17h30. Ela encaminhou imagens do local que mesmo durante o dia fica muito escuro devido à falta de luz. O espaço está sem iluminação, além de ter sido alvo de vandalismo, com várias pichações nas paredes.

A mulher comenta que trafega pelo caminho há muito tempo, mas achou que só ela utilizava o túnel. No entanto, recentemente ela descobriu que diversos funcionários da empresa em que trabalha também utilizam o caminho.

“A gente tem medo que possa acontecer a mesma coisa como o caso daquela menina da rua das Missões [o caso de estrupro no bairro Ponta Aguda]”.

Receio dos usuários

A mulher ainda relata que por vezes já sentiu odores fortes no local, já encontrou moradores de rua e até usuários de droga no espaço. Além disso, em uma das vezes que passou pelo local, ela relatou que teria visto um homem com a calça parcialmente despida. A situação constrangedora deixou a moradora assustada e com medo.

Ela inclusive ficou um período sem usar o túnel com receio de alguma coisa que poderia acontecer, “mas depois fui obrigada a passar novamente”. No entanto, o receio motivou a moradora a esperar outras pessoas para passar no local. Por vezes, ela e outras colegas de trabalho combinam o horário para passarem juntas no local.

A denunciante também diz que já ouviu um relato de uma colega que chegou a ser perseguida por um homem no local. Felizmente, não foi registrada nenhuma situação, mas a vítima ficou assustada. Além desse caso, a moradora diz que já ouviu relatos de um roubo que teria sido registrado no local.

A mulher conta que já viu uma equipe da prefeitura realizar uma limpeza no local. No entanto, ela não soube informar há quanto tempo o espaço está sem iluminação. “Por isso resolvemos ir atrás e descobri que tem bastante gente que trabalha ali comigo e passa ali todos os dias”.

Um homem, que não quis se identificar e que também trabalha em uma empresa próxima ao túnel, conversou com a reportagem sobre a situação. Ele trafega pelo túnel em dias alternados. Ele relatou que já procurou a prefeitura para reclamar da situação no local. Segundo ele, muitos funcionários da empresa já reclamaram das condições de manutenção do local e que teriam até encontrado usuários de drogas. Ainda de acordo com o relato dele, à noite o local é perigoso.

O que diz a prefeitura

De acordo com a Secretaria de Conservação e Manutenção Urbana de Blumenau, o local é alvo de atos de vandalismo com frequência. Já foram registrados alguns danos no local e, segundo a pasta, a diretoria de iluminação pública colocará esta demanda na programação de trabalhos. Ainda de acordo com a secretaria, já foram registrados alguns chamados por meio do 0800 sobre as condições do local.

Já a Secretaria de Desenvolvimento Social (Semudes) informou que “o Serviço de Abordagem Social está ciente sobre as pessoas em situação de rua que utilizam o local para abrigamento e tem intensificado as diligências no local visando convencer esse público a aceitar os serviços que a PMB oferece”.

A prefeitura salienta que a Abordagem Social é o serviço que faz a busca das pessoas em situação de rua, além de ofertar os outros serviços da Secretaria, como abrigo e atendimentos do Centro POP. O serviço atende de segunda a sexta-feira das 5h30 à 1h e aos fins de semana das 8h às 20h pelo telefone 156 na opção 2, 99945-9630 ou 3381-6510.

O serviço segue o que determina a legislação brasileira e não faz a retirada compulsória das pessoas em situação de rua. Durante o atendimento, a equipe identifica, cadastra e incentiva a aceitação dos serviços disponíveis por parte dos usuários. Quando a pessoa em situação de rua aceita o acolhimento, os assistentes sociais iniciam a triagem das necessidades mais urgentes, como a verificação se o usuário porta ou precisa de documentos, e se há ou não necessidade de atendimento médico. No caso das mulheres, há verificação se foram vítimas de violência ou abuso.

Após a triagem o usuário é encaminhado para os outros serviços da Semudes, como o Abrigo Municipal (Amblu), Centro POP e o abrigo Casa Elisa (no caso de mulheres com medidas protetivas).


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