Morre Waldemar Felski, um dos farmacêuticos mais antigos de Blumenau
Durante pelo menos 60 anos ele trabalhou na farmácia da rua João Pessoa, no bairro Velha
Durante pelo menos 60 anos Waldemar Felski atendeu diariamente a comunidade do bairro Velha na farmácia Columbia, na rua João Pessoa. Mesmo depois que decidiu vendê-la, quando a idade começou a pesar, quem o procurava para pedir informações na casa dele, na rua Londrina, ainda era atendido.
Nos últimos anos os sintomas do Alzheimer ficaram mais evidentes, tirando a vitalidade de um dos farmacêuticos mais antigos de Blumenau.
Waldemar morreu aos 89 anos na noite desta quarta-feira, 28, devido a uma parada cardiorrespiratória, no Hospital Santa Isabel. Apesar da doença, sempre que alguém perguntava como estava o estado de saúde dele, respondia com simpatia que “ia cada vez melhor”. Há pouco mais de cinco anos, fechou as portas do antigo empreendimento. Em 2009 perdeu a esposa Elsa.
A saudade que sentia em exercer a profissão, que começou a aprender aos 11 anos, não era comentada dentro de casa. Pouco tempo depois, os primeiros sinais da doença começaram a se manifestar. Nos momentos de lucidez, parecia que o tempo não tinha passado para o pai de cinco filhos, avô de 12 e bisavô de três.
Mesmo com as dificuldades, o boticário continuava cuidando da alimentação. Comia pouco e diversas vezes por dia, mas o ponto fraco era o pão com linguiça. No hospital, onde esteve internado nos últimos 12 dias, reclamou da sopa: “eu quero pão com linguiça”, exigiu, divertindo as enfermeiras.
Depois de anos de estudos, de uma época em que se produzia medicamentos dentro da farmácia, Waldemar despediu-se. Na família, a frase preferida do patriarca ficará registrada no álbum de recordações:
“Querer é poder, para tal deve ser o seu lema. Hei de vencer”.
—
Waldemar está sendo velado na capela mortuária da rua João Pessoa, no bairro Velha, e será sepultado no cemitério do mesmo local às 17h desta quinta-feira, 29.