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Motoristas de aplicativos de Blumenau aderem à paralisação nacional neste domingo

Estimativa é de que 70% dos trabalhadores não farão corridas no dia das Eleições 2020

Motoristas dos aplicativos Uber e 99 de Blumenau farão uma paralisação neste domingo, 15, dia das eleições municipais. O movimento tem como objetivo reivindicar melhores tarifas e garantir mais segurança para os trabalhadores.

De acordo com Mário Sérgio Pacheco, que representa a Associação dos Motoristas de Santa Catarina (Amasc), a participação é espontânea, mas ele acredita na adesão de 70% dos trabalhadores da categoria.

Segundo ele, as tarifas da Uber não sofreram aumento desde 2016. Enquanto isso, despesas como combustível e manutenção ficaram mais caras. O valor pago pelos motoristas, que antes era fixo de 25%, também teria passado a ser variável, chegando a 45% por corrida.

“O que a gente precisa é um aumento nas tarifas. Para nós está muito inviável. O motorista que trabalhava em torno de 6 horas tem que trabalhar até mais de 9 horas porque o valor baixou muito. Pedimos sensibilidade da plataforma por isso”, finaliza.

O motorista Sérgio Luiz comenta que apesar de terem havido evoluções na questão da segurança dos trabalhadores, as tarifas realmente não tiveram nenhum ajuste desde que o aplicativo chegou na cidade.

“Queremos chamar atenção dos aplicativos, principalmente a Uber, para melhoras nas condições de trabalho, segurança e aumento nas tarifas e valores pagos por quilômetro e por minuto”, conta.

Segundo Luiz, a maioria dos motoristas de Blumenau dependem do serviço para manterem sua renda. Por este motivo, ele está preocupado com possíveis retaliações por parte da empresa. “Alertei o pessoal que quiser aderir que existe o risco de na segunda-feira terem a não agradável surpresa de estarem desligados da plataforma”, relata.

Entretanto, diferente de Pacheco, Luiz acredita que menos motoristas vão aderir ao movimento. “Seria imprudente dar um número, mas imagino que entre 25 e 30%. Eles não são muito dados a nenhum tipo de associação ou cooperativa. São muito desunidos, podem até se aproveitar da alta demanda de corridas”, justifica.

Colaborou Cristóvão Vieira


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