“Motos, que poderiam ser bom meio de transporte, engrossam estatísicas de morte em Blumenau”
Eles estão por toda a parte e a impressão que se tem é que são maioria, presença constante e diária nos noticiários da imprensa formal, como aqui n’O Município, bem como nas mídias sociais. Parecem se sentir donos do mundo, acima da lei e da ordem e dane-se o resto.
Em quase todo o trajeto do meu distante bairro até o Centro, a velocidade máxima permitida raramente passa dos 50 km por hora e a ultrapassagem não é permitida. No entanto, se percebo pelo retrovisor que um deles segue também na velocidade permitida sem me ultrapassar feito um louco, fico admirado, trata-se de uma exceção.
O normal, infelizmente, é o excesso de velocidade, uma profusão de manobras rápidas, ultrapassagens das mais perigosas, bruscas e estapafúrdias possíveis, macabros zigue-zagues feitos de qualquer jeito, seja nas raras retas, seja nas muitas curvas.
Até mesmo em plena curva, seja suave ou acentuada, vejo alguns enfiando-se até mesmo no estreito corredor movediço que se forma entre o caminhão que vai e o ônibus que vem em sentido contrário, passando, mãos nos guidões, cabeças e pernas, do piloto e do carona, a horripilantes centímetros tanto do ônibus quanto do caminhão e mesmo assim, em velocidades acima da máxima permitida.
Não há anjo da guarda que dê conta de tanta irresponsabilidade, inconsequência, falsa sensação de segurança e de impunidade! Faixa amarela dupla, para eles, não passa de um mero enfeite no meio do asfalto, se é que eles percebem ou sabem que esse “enfeite” existe.
Para piorar, em alguns casos, o som dos escapamentos adulterados, abertos ou modificados que lhes causa o maior e egoísta tesão é o mesmo que inferniza, assusta e acaba com o sossego dos demais, não importa se idosos, crianças em escolas, doentes nos hospitais, trabalhadores em horários de descanso e demais moradores próximos.
As motos poderiam ser simplesmente um meio de transporte barato, ágil e rápido e ficaria tudo bem, mas, infelizmente, não é o que parece predominar no dia a dia do nosso trânsito, principalmente nos bairros. O resultado está nos alarmantes índices de mortos, feridos e danos materiais sofridos por motoqueiros e pelos inocentes que são atingidos nas ruas por esses bólidos perigosos, a engrossar estatísticas, custos de socorristas e de hospitais do SUS, que poderiam ser melhor empregados nos casos de doenças e acidentes realmente inevitáveis.
O que mais espanta é a sensação de absoluta inépcia das autoridades policiais e de trânsito, que permite que tudo isso aconteça. Não vamos aqui ensinar padre a rezar missa, mas, enquanto não ocorrer rigorosa e implacável fiscalização que vá muito além das discutíveis lombadas asfálticas e/ou redutores localizados de velocidade, a carnificina advinda dos motociclistas apressados, irresponsáveis e impunes, objeto da coluna de hoje, continuará.
Assim como os maus motoristas, os maus motociclistas aprendem rápido, até auxiliados pelos aplicativos da internet (que deveriam ser proibidos), onde estão todos os controladores fixos de velocidade. “Respeitam” a velocidade máxima somente nos pontos onde se localizam esses equipamentos. Fora de sua área de alcance, ou seja, pouquíssimos metros antes e depois deles, a impunidade volta a imperar.
É por isso que somos favoráveis a dispositivos como “pardais” e “secadores de cabelo” em todas as vias públicas, bairros principalmente, em dias e horários aleatórios e sem qualquer aviso.
As lombadas asfálticas penalizam a todos, tanto os bons quanto os maus motoristas. Para a turma que não está nem aí para as placas de sinalização e só respeitam velocidade máxima quando passam pelas lombadas (e olhe lá!) o uso constante e frequente de mecanismos de fiscalização e controle aleatórios, como os acima mencionados é a única solução. Educação para o trânsito é muito importante, mas, para os sem noção, o que funciona mesmo é o medo da punição.
Ponto em que o cristalino rio das Antas, assim como todos os rios até poucas décadas atrás, recebia depósito de restos de posto de gasolina, super-poluidores efluentes de indústria de papel e celulose, lixo, resíduos e restos de toda sorte. Essa tiste foto fotos obtida em excursão da Acaprena é sinal de que, pelo menos nesse aspecto, já evoluímos muito no cuidado ambiental.
Fotos de Lauro E. Bacca, entre Cambará do Sul e São José dos Ausentes – RS, em 1980.
Assista agora mesmo!
No bar da Zenaide, Sargento Junkes bate papo com o protetor animal Diogo Orsi: