MP-SC diz que tese de insanidade é fantasiosa no caso de Saudades
Elementos apresentados na instrução do julgamento mostram que o autor da chacina sabia o que estava fazendo, disse promotor
Após o aceite do pedido da defesa do autor da chacina em Saudades pela realização de um exame de sanidade mental pela Justiça, o promotor de Justiça Douglas Dellazari, que comanda o caso pelo Ministério Público de SC (MP-SC), afirmou que a tese é “dissociada da realidade” e “fantasiosa”. Para ele, diversos elementos apresentados na instrução do julgamento mostram que o autor da chacina sabia o que estava fazendo, como a premeditação do ataque à creche e a aquisição de armas para tal.
“A tese da insanidade é totalmente dissociada da realidade, sendo totalmente fantasiosa na visão do Ministério Público”, disse Dellazari nesta quarta-feira, 25. O promotor lembrou que o pedido da defesa pelo exame é baseado em um laudo particular e que não tem validade junto à Justiça, apesar de ter servido de embasamento para a solicitação. O prazo inicial para o exame é de 45 dias. A suspeita é esquizofrenia.
“Mesmo não concordando com a decisão, agora com a realização deste exame, a promotoria de Justiça tem a oportunidade de apresentar os seus quesitos aos peritos e indicar também um assistente técnico para acompanhar os trabalhos”, afirmou o promotor. Enquanto o exame não for apresentado, o processo de ação penal está paralisado.
Para a realização do exame, o acusado será transferido para o Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP), em Florianópolis.
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