MP-SC expede recomendação para Defesa Civil estadual ser mais transparente com informações sobre cheias em Taió
Órgão quer que Defesa Civil torne publicas informações sobre manobras de abertura de comportas
Órgão quer que Defesa Civil torne publicas informações sobre manobras de abertura de comportas
Taió vive a maior enchente de sua história. Diante das inundações que assolam a cidade e os riscos produzidos pelos volumes de chuvas, o Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) abriu procedimento administrativo e expediu nesta quarta-feira, 11, uma recomendação à Defesa Civil do Estado para que mantenha a população informada de todo o panorama provocado pelas chuvas e o nível elevado dos rios Itajaí do Oeste e Taió.
A maior preocupação é sobre a situação das operações de manobras da barragem oeste, que fica dentro do município. A barragem é operada pela Defesa Civil e serve para conter as cheias no Vale do Itajaí.
Na terça-feira, 10, a Promotoria de Justiça de Taió recebeu uma representação da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e da Associação Comercial, Industrial e Agrícola (ACIAT) do município pedindo que o governo do estado adotasse providências urgentes para garantir as medidas de transparência quanto à operação da barragem, expedindo boletins diários das ações, para tornar possível a antecipação da retirada da população atingida diretamente pelas cheias. O MPSC, então, expediu a recomendação, que visa, também, evitar a propagação de notícias falsas.
No documento dirigido ao Secretário de Estado de Proteção e Defesa Civil, o Promotor de Justiça Leonardo Lorenzzon enfatiza que é necessário pontuar o risco de desastres ambientais e urbanos, como deslizamentos de terra, alagamentos, obstrução de vias, destruição de moradias da população e de estabelecimentos comerciais, para reduzir os riscos à vida, à saúde e ao patrimônio dos moradores.
Segundo a Promotoria de Justiça, “a falta de informações precisas e adequadas gera insegurança e fomenta a disseminação de fake news e a sensação de pânico na população, bem como enseja riscos à vida, à saúde e ao patrimônio dos moradores, agentes públicos e voluntários que auxiliam nesse momento crítico, devendo o poder público agir para reduzir os riscos de um desastre ainda maior”, completa o Promotor de Justiça na recomendação.
Clube de Caça e Tiro XV de Novembro nasceu das mãos dos moradores da rua Sarmento: