Mulher esfaqueada em Presidente Getúlio pode ter sido vítima de feminicídio
Ex-marido havia saído da casa há pouco tempo e ameaçava Edna
Edna Palhano, vítima de um esfaqueamento em Presidente Getúlio na madrugada deste domingo, 7, pode ter sido vítima de um feminicídio. A mulher de 34 anos havia se separado há cerca de seis meses e estaria sofrendo ameaças do ex-marido.
Até pouco menos de um mês atrás, o casal continuou morando junto. Juntos, eles tiveram dois filhos: um adolescente de 14 e uma menina de cinco. Nos últimos dois meses ela se reencontrou com um amigo da adolescência e os dois planejavam iniciar um relacionamento assim que Edna se divorciasse.
“Sem acreditar que um ser humano é capaz de fazer algo tão ruim pra uma pessoa tão boa. Um dia ele ameaçou a gente enquanto conversávamos. Disse que iria matar ela e quem ficasse com ela”, conta Fabiano Rodrigues Palhano, que sonhava em construir um futuro com ela.
Segundo ele, o ex-marido de Edna era violento e se recusava a sair da casa. Morador de São Bento do Sul, Fabiano planejava se mudar para Presidente Getúlio em fevereiro para ficar perto da amada.
Na noite passada, por volta das 22h30, eles trocavam mensagens planejando um futuro juntos. Após não conseguiu contato com Edna pela manhã, Fabiano acabou recebendo uma ligação do filho dela contando o que havia ocorrido.
“Ele quase não conseguiu me dar a notícia. Chorou bastante. Eu não posso imaginar o tamanho da dor que ele está sentindo nessa hora. Peço a Deus que ilumine os caminhos dessas duas crianças”, lamenta.
Funcionária de uma facção de roupas na cidade, Edna era querida por todos no trabalho e considerada uma mãe dedicada e esforçada. Ela foi encontrada pelos bombeiros sem vida em casa, no bairro Pinheiro Alto, por volta de 0h15.