Mulher mata marido ao tentar se defender de feminicídio em SC
Homem morreu após um único golpe de faca na perna
Na noite deste domingo, 6, uma mulher, de 21 anos, matou o marido, de 22 anos, em Criciúma, no Sul de SC. A ocorrência foi registrada pela Polícia Militar (PM) por volta das 21h30. A esposa diz que sofria violência doméstica e que não tinha intenção de matar. O crime ocorreu com a filha, de oito meses, do casal no local.
Ela chegou a pedir socorro para os vizinhos, que acionaram os policiais, mas o homem não resistiu. O caso repercutiu inicialmente como motivado por ciúmes, mas, em depoimento à Polícia Civil, a mulher alegou que a discussão iniciou após ela querer voltar para casa da mãe.
Segundo o delegado do caso, Fernando Pagani Possamai, a autora do crime expôs que sofria violência doméstica. Em dezembro de 2021 ela esteve na delegacia e registrou queixa contra o homem e passou a ter medida protetiva, porém ela voltou a morar com o rapaz. Ambos são naturais de Canoas (RS) e tinham se mudada para Criciúma há cinco meses.
Após ela expressar a vontade de retornar para a casa da mãe, o homem teria ofendido e agredido a mulher. A agressões iniciaram no quarto, mas ela conseguiu escapar e foi em direção à cozinha. Lá o marido teria pego a mulher pelo pescoço, que apresentava pequenas marcas durante o depoimento.
Ao tentar se defender, ela pegou uma faca de serra e acertou a perna do marido, na intenção de que ele soltasse o seu pescoço. O único golpe acertou a veia femoral, que conduz grande volume de sangue no corpo.
No momento em que o homem foi atingido, ele largou a mulher, ficou tonto e caiu. Em seguida, a mulher saiu do apartamento e pediu a ajuda de vizinhos, mas quando retornaram à residência ele já estava morto.
Conforme o delegado, ela também alegou sofrer de violência psicológica e seu depoimento não apresentava incoerências.
A jovem foi conduzida à Penitenciária Feminina de Criciúma e será acusada de homicídio.
Filha de oito meses
O Conselho Tutelar recolheu o bebê de oito meses e encaminhou para um abrigo de acolhimento. A menina deve ficar com os familiares que moram no Rio Grande do Sul.