Mulheres que Inspiram: o legado de Juliana Tridapalli, delegada regional em Blumenau
Através de iniciativas educativas e programas, ela está liderando a luta contra a violência de gênero
Em um momento em que a violência contra mulheres e crianças é uma realidade alarmante, Juliana Tridapalli emerge como uma voz de mudança e esperança.
Juliana é mais uma entrevistada do Mulheres que Inspiram 2024, uma iniciativa da Contax Contabilidade e Planejamento Tributário, desenvolvida com o apoio da Presse Comunicação e que tem como objetivo homenagear mulheres que contribuem para a evolução da sociedade. Confira a entrevista na íntegra:
Mulheres que Inspiram: Como foi sua trajetória profissional até se tornar Delegada Regional?
Juliana Tridapalli: Durante a faculdade, estagiei em diversas instituições jurídicas. E após me formar em Direito, atuei como advogada pública até ser nomeada Delegada de Polícia.
Mulheres que Inspiram: A senhora atuou na DPCAMI, uma unidade sensível da Polícia Civil. Pode contar um pouco sobre essa experiência?
Juliana Tridapalli: É desafiador trabalhar na Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso porque as vítimas, muitas vezes, mantêm envolvimento afetivo e dependência financeira com os agressores. Por esses motivos, a investigação é complexa e o atendimento pode ter uma característica social, que vai além da atribuição prevista em lei.
Mulheres que Inspiram: Faz diferença ter uma profissional mulher à frente de uma delegacia especializada como essa?
Juliana Tridapalli: O trabalho diferenciado e com qualidade é realizado pelo profissional vocacionado e com disposição, independente do gênero. No entanto, no dia a dia da Delegacia, constatamos que algumas vítimas se sentem mais à vontade ao serem atendidas por mulheres.
Mulheres que Inspiram: O Vale do Itajaí tem registrado um aumento nos casos de violência contra mulheres. Como a senhora vê essa questão e como combater esse tipo de crime?
Juliana Tridapalli: Não podemos afirmar se há aumento no número de casos de violência doméstica e familiar ou se há aumento no número de registros de boletins de ocorrência. A educação e a informação são formas eficientes de se combater o feminicídio e a violência doméstica e familiar.
Mulheres que Inspiram: Há iniciativas específicas sendo implementadas para abordar esse problema em Blumenau?
Juliana Tridapalli: A Polícia Civil em Blumenau tem realizado palestras educativas, há anos, em diferentes instituições. Este ano, iniciaremos o Programa Minha Voz tem Vez nas escolas, reforçando nosso compromisso com a prevenção e o combate à violência.
Mulheres que Inspiram: Como delegada regional, quais são os principais desafios que a senhora enfrenta?
Juliana Tridapalli: O maior desafio é lidar com um efetivo policial cada vez mais reduzido. Isso requer uma gestão eficiente dos recursos disponíveis para garantir a segurança da comunidade.
Mulheres que Inspiram: Como é ser uma mulher em uma posição de liderança dentro da Polícia Civil de SC? A senhora já enfrentou algum tipo de preconceito na profissão ou nos cargos que ocupou?
Juliana Tridapalli: Embora tenha enfrentado desafios, sinto-me acolhida pelos colegas policiais. O preconceito de gênero ainda é uma realidade, mas estou determinada a superá-lo e a abrir caminho para outras mulheres na área da segurança pública.
Mulheres que Inspiram: Quais foram seus maiores desafios ao longo de sua carreira e como os superou?
Juliana Tridapalli: Conciliar vida pessoal, maternidade e a exigente rotina profissional foi, sem dúvida, um dos meus maiores desafios. Graças ao apoio da minha família, amigos e colegas de trabalho, consegui superar esses obstáculos e seguir em frente.
Mulheres que Inspiram: Qual é a conquista profissional da qual você se orgulha mais até agora?
Juliana Tridapalli: Mais do que casos de repercussão, orgulho-me de poder fazer a diferença na vida das pessoas. Um conselho sincero ou uma orientação adequada podem ter um impacto significativo e positivo na vida de muitas famílias.
A entrevista com Juliana Tridapalli revela não apenas sua competência profissional, mas também sua dedicação em enfrentar os desafios e promover uma cultura de respeito e igualdade. Em um momento em que a violência contra mulheres é uma realidade preocupante, seu trabalho e comprometimento são inspiradores e fundamentais para construir um futuro mais seguro e justo para todos.
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