Por Stêvão Limana

Muitas pessoas já estavam se programando para ir até à feira livre nesta sexta-feira Santa para garantir aquele peixe fresco, prato que não pode faltar no almoço do feriado. Porém, em 2023, isso não será possível. A lagoa em que os peixes eram criados estourou após as fortes chuvas do ano passado. 

Foto: Maris Gruenke / Arquivo pessoal

Este seria o quarto ano consecutivo da família Gruenke com o espaço que ficava no estacionamento da feira. Nas últimas edições, foram comercializadas cerca de duas toneladas de peixes a cada ano, o que os tornou referência nesta área. Desde as primeiras horas da manhã até ao meio dia, filas tomavam conta do local. O diferencial era a possibilidade de escolher os peixes ainda vivos e levá-los para casa limpos. Aliás, a feira do peixe vivo também espalhava aquele “cheiro tradicional”, aos arredores da Rua Humberto de Campos, que sempre nos remete aos tempos de Páscoa. 

A lagoa ficava na propriedade dos Gruenke no bairro Itoupava Central. Com o rompimento, nada sobrou. A família também optou por não comprar peixes de outros locais, já que, segundo eles, o cuidado dos peixes durante o ano todo era o diferencial.

A tilápia que é o peixe mais disputado, por exemplo, demora de 4 a 8 meses só entre as fases de recria e engorda. Portanto, também não haveria condições de realizar todo o processo novamente.

O casal Maris e Fred Gruenke são produtores rurais e além da criação de peixes, também são conhecidos pela produção de frutas e hortaliças que são vendidas nas terças e quintas em um estande da feira. Cá entre nós, vale a pena visitá-los e experimentar os morangos. – Vai ser difícil encontrar outro tão gostoso quanto o que comprei dias atrás.