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Na sala de aula, o aprendizado é exercitado através das diversas metodologias pedagógicas e estratégias aplicadas pelos professores. Esses, que durante a convivência com os alunos, se deparam com situações como dificuldade para aprender, desmotivação e até falta de atenção durante aula. Mas o que muitos não sabem é que a neurociência aliada à educação pode explicar e ajudar a encontrar uma solução para um aprendizado mais eficaz.

De acordo com a neuropsicóloga Leonor Guerra, os comportamentos mais complexos como interpretar, compreender, calcular, aprender, pensar, decidir, entre muitos outros, dependem da atividade integrada de várias áreas do sistema nervoso, principalmente de áreas cerebrais.

A neuropsicóloga sinaliza também que as pessoas não aprendem igual e, ao perceber o comportamento do aluno, novas estratégias devem ser adotadas. “Os professores precisam contextualizar os conteúdos que são apresentados aos estudantes. Se o estudante não vê sentido, valor, naquilo que está estudando, ele não terá motivação, vontade de se dedicar à tarefa. Sem motivação você não planeja, não escolhe, não age e não se dedica às atividades e tarefas necessárias para formar memórias e aprender o que você precisa ou quer aprender”.

Neurociência e Educação na formação de professores

A neuropsicológica Leonor Guerra, que também é autora do livro “Neurociência e Educação: como o cérebro aprende“, publicado pela Editora Artmed, em 2011, considera que, como os conhecimentos da neurociência vem sendo bastante relevante para a educação, principalmente na forma como o cérebro reage ao ambiente e aprendizado, é fundamental que a matriz curricular dos cursos de pedagogia inclua os assuntos ligados à neurociência e educação.

“Os cursos de pedagogia e licenciatura deveriam começar a incorporar na sua matriz curricular os conteúdos de neurociência e neuropsicologia da aprendizagem. Ou seja, agregar a perspectiva da neurociência, principalmente a chamada psicologia cognitiva, para que os futuros pedagogos, professores nas mais diversas áreas pudessem pensar a aprendizagem no ponto de vista do funcionamento cerebral. Seria um ganho muito grande para a formação dos professores”, defende Leonor.