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“Ninguém acredita no que aconteceu”, diz parente de advogada morta em Balneário

Primo que mora em Blumenau conta como era Lucimara Stasiak, a vítima do feminicídio que mobilizou a polícia do litoral

A reportagem de O Município Blumenau entrevistou Jorge Lucas, primo de Lucimara Stasiak, vítima de feminicídio em Balneário Camboriú. Ela é natural do Paraná, mas morava em Blumenau desde criança.

Desde a noite de terça-feira, policiais do litoral cercam o edifício e negociam a rendição de Paulo de Carvalho Souza, 42 anos, suspeito de matar Lucimara. O crime teria sido cometido na quinta-feira, 28. Vizinhos chamaram a polícia depois de verem Souza carregando sacos de gelo para dentro do apartamento.

“Ainda ninguém acredita no que aconteceu”, diz Jorge.

A família ficou sabendo do ocorrido por meio das redes sociais. A irmã de Jorge viu uma publicação de um jornal de Balneário Camboriú e, a partir das características relatadas na notícia, entrou em contato com a Polícia Militar.

Na manhã desta quarta-feira, 3, a mãe de Jorge e outros familiares foram até Balneário Camboriú para reconhecer o corpo da vítima. Lucimara cresceu com Jorge em Blumenau.

“Era estudiosa, trabalhadora, tinha bastantes amigos na escola, praticava esportes, gostava muito da profissão dela. Até por último, quando conversei com ela, estava estudando para um magistrado superior, que era pra ser juíza”.

Lucimara formou-se em direito pela Furb, mas atualmente morava em Florianópolis. O relacionamento com Paulo, que também é advogado, era recente e a família não tinha contato direto com ele.

“As poucas vezes que foi para casa, nunca reclamou, nunca falou nada, era bem tranquila”, relata.

Negociação

Policiais cercam o edifício, localizado na 3150, no Centro de Balneário Camboriú, desde 18h de terça-feira, 2. Souza ameaça se atirar do sétimo andar do edifício e negocia com policiais que estão no apartamento superior.