A defesa de Evanio Wylyan Prestini, motorista do Jaguar que invadiu a pista contrária e provocou a morte de duas jovens no último sábado, 23, entrou com um pedido de revogação de prisão. Ele está preso preventivamente desde domingo, por ordem da juíza Claudia Inês Maestri Meyer, que conduziu a audiência de custódia no plantão do Judiciário, em Blumenau.
O advogado Cláudio Gastão da Rosa Filho, de Florianópolis, assumiu o caso nesta terça-feira, 26. Ele substitui Marcelo José Araújo, que acompanhou Prestini na audiência de custódia, em Blumenau, no domingo.
Gastão afirma que “a indignação popular não serve como motivação a validar decreto de prisão preventiva”. Também alega que Prestini não oferece risco às investigações e tem bons antecedentes.
“É um pedido eminentemente técnico. Foi uma tragédia, o acusado está enfrentando um fato inédito em sua vida, é um rapaz do bem. Assim como as moças, que eram meninas honradas, decentes. O que estamos discutindo? Se ele, neste momento, pode responder em liberdade ou não. Não se pode antecipar um juízo de culpabilidade para prender de forma precoce”, disse Gastão à reportagem.
Ameaças
Além do pedido de revogação, apresentado à Vara Criminal da Comarca de Gaspar, Gastão também solicitou a transferência de Prestini do Presídio Regional de Blumenau para Jaraguá do Sul, onde vivem familiares.
Na justificativa do pedido, a defesa apresenta dois motivos: familiares estariam com receio de vir a Blumenau visitá-lo pois teriam recebido ameaças por telefone e mídias sociais. Gastão ainda anexou um email em que um dos familiares de Prestini alega que, no Presídio de Blumenau, está preso um homem identificado como parente (não relata qual grau de parentesco) de uma das vítimas do acidente.
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