As maiores reclamações de usuários de aplicativos de transporte são os cancelamentos frequentes e a falta de veículos em determinados momentos do dia ou noite. Como na maioria das vezes não é programado o horário correto das viagens, é comum que essa alta demanda e pouca oferta cause problemas como atrasos e desconfiança.
Como causa desse dilema está o abandono de muitos motoristas, devido a não lucratividade do trabalho. Com recebimentos de baixo valor e taxas altas cobradas pelas empresas, o trabalhador percebe que não vale a pena executar os serviços e acaba cancelando viagens e até mesmo parando de atuar.
Entendendo essa situação e com foco em solucionar o problema, um novo aplicativo de transportes surge em Blumenau, o VAR Passageiro. O intuito é solucionar os dois dilemas com uma ação em específico: a valorização do motorista.
Das empresas mais famosas atualmente, a cobrança da taxa por viagem é de 1% a 45% do valor pago pelo cliente. O VAR não trabalha com taxa por corrida, mas sim, com uma mensalidade que dará ao trabalhador a oportunidade para exercer a atividade.
Desta forma, independentemente de quanto for o valor das corridas, todo o dinheiro será repassado ao motorista. Ou seja, se uma viagem custar R$ 10, será esse o valor encaminhado à conta do trabalhador, se for R$ 100, a mesma coisa.
“A gente faz com que o motorista saiba quanto vai receber, o que dá garantias a ele, e o deixa satisfeito. E com o motorista satisfeito, interessado, é sinal de carros na rua”, destaca Paulo Vargas, consultor do VAR.
A assinatura do motorista do VAR terá o teto de R$ 200 por mês. Mas como isso funciona? Como forma de incentivo, o trabalhador pagará apenas 10% do valor que receber ao longo daquele mês. Ou seja, se receber R$ 1 mil, pagará R$ 100, mas se ganhar R$ 3 mil, pagará apenas o teto da assinatura, de R$ 200.
“Sabemos que no início talvez o motorista não consiga fazer tanto, então, colocamos esse valor de 10%, que vai servir mesmo nos primeiros meses. Depois, a renda vai aumentar, mas o repasse será aquele fixo, de R$ 200, sendo o restante pro bolso de quem está dirigindo”, conclui Paulo.