Novos caminhos para o ensino superior no pós-pandemia
As experiências das aulas ministradas durante a pandemia são fundamentais para o futuro de toda a educação no nosso país, mas em especial paras as faculdades, onde são ministrados os cursos de graduação.
Convenhamos, até então o ensino superior não diferia muito do ensino médio, senão pela especialidade das disciplinas. O aprendizado ainda esteve essencialmente adstrito ao espaço da sala de aula, às experiências do professor e ao controle de frequência dos acadêmicos, este inclusive como critério de avaliação.
Nada disso sobreviverá. Alunos de graduação não precisam ter suas frequências controladas, pois já atingiram a idade da razão. Devem ser livres para optarem entre frequentar as aulas, inclusive sob a forma virtual, ou recorrem diretamente ao conhecimento. Essa deve ser uma escolha livre e independente do acadêmico.
Às faculdades caberá a busca continua pela melhoria dos métodos de ensino-aprendizagem, que precisarão ser colocados à disposição de seu corpo discente agora sob as mais variadas plataformas.
Não cabe mais a antiga discriminação ao ensino a distância ou a qualquer outro método de aprendizagem. Muito pelo contrário, valorizar o ensino on-line terá o mérito de difundir o ensino superior para horizontes antes nunca pensados, seja pela distância de seu alcance e flexibilidade do acesso, seja, fundamentalmente, pela redução do preço das mensalidades.
Doravante, serão os índices objetivos de conhecimento transferido e os resultados alcançados que medirão a qualidade ensino ministrado, e não mais o caminho perseguido, isto é, o método adotado.
Para tanto será preciso reconhecer que as possibilidades de acesso ao conhecimento se multiplicaram, algo que exigirá alguma dose de desprendimento, paradoxalmente, no próprio meio acadêmico. E esse será o nosso grande desafio.