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Número de adoções durante a pandemia é acima da média em Blumenau

Processos continuaram ocorrendo, mas de forma online

Muitos serviços foram impactados por conta da pandemia de Covid-19. Os trabalhos no Poder Judiciário de Santa Catarina também precisaram se adaptar à pandemia, mas trouxeram bons resultados. Nos últimos meses, o número de crianças e adolescentes adotados em Blumenau foi acima da média.

Entre março e outubro deste ano, 45 crianças e adolescentes de Blumenau foram encaminhadas para novas famílias. Dentre elas, 29 foram adotadas por famílias da cidade, 13 foram para outras cidades de Santa Catarina e três foram para outros estados.

“Nesta pandemia o nosso trabalho com a equipe de assistentes sociais foi intenso, as ações de destituição do poder familiar não pararam, fizemos audiências pela plataforma do Tribunal de Justiça e as crianças foram encaminhadas para adoção. As assistentes sociais fizeram a aproximação de forma remota e a atenção absoluta para a unidade resultou neste número de adoções”, explica a juíza Simone Faria Locks, titular da Vara da Infância e Juventude da comarca de Blumenau.

Até março deste ano, a comarca havia registrado cinco adoções, de dois adolescentes e três crianças. Durante o período de isolamento social, foi possível realizar os mais diversos tipos de adoção, inclusive de grupos de irmãos, recém-nascidos, irmãos gêmeos e um bebê com Síndrome de Down.

A faixa etária com mais adoções foi a de três anos a 12 anos, em um total de 23 dos 45 processos. Em seguida vieram as crianças entre 1 e 3 anos, com 14 adoções e por último menores de um ano e acima de 12, com quatro adoções cada.

As destituições familiares, prioridade absoluta da comarca, também seguiram normalmente.

Serviços de acolhimento facilitaram a pandemia

No início da pandemia, em março, a juíza Simone Faria Locks autorizou crianças e adolescentes acolhidos a irem para famílias acolhedoras, madrinhas afetivas e lares de funcionários de três casas de acolhimento da comarca de Blumenau. Os acolhidos foram encaminhados para um lar temporário e ficaram em isolamento social, com obediência a todas as medidas de prevenção ao contágio do coronavírus, conforme orientação de órgãos estaduais e nacionais.

Saiba mais sobre como funciona o serviço de Família Acolhedora.

A sugestão e o pedido foram feitos pela Diretoria de Proteção Especial da Secretaria de Desenvolvimento Social (Semudes) da Prefeitura de Blumenau e foram deferidos com anuência do Ministério Público local. A transferência foi feita de forma temporária, uma vez que os infantes continuam sob a responsabilidade das casas de acolhimento do município. O objetivo da decisão foi resguardar a saúde e o bem-estar das crianças e adolescentes acolhidos em meio à pandemia.


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