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Dengue: número de focos triplica em relação ao mesmo período de 2023 em Blumenau

Doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti começa a se manifestar

Apesar de janeiro ainda não ter acabado, 84 focos de dengue já foram registrados até o momento esta última segunda-feira, 22, superando em mais de três vezes o número do mesmo mês de 2023, que chegou a 26 focos.

A respeito do número de casos confirmados de pessoas com dengue, não houve nenhum registro no mesmo período do ano passado. Porém, neste mês já foram confirmados 20 casos. Mesmo com todos os registros, nenhum caso de dengue precisou de internação.

No começo de 2022 o boletim mensal não era feito dessa maneira ainda, então nos registros de janeiro a março daquele ano foram identificados 1.608 focos do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue, febre-amarela, zika e chikungunya.

No período, o município registrou 65 casos confirmados, sendo seis casos importados e 59 autóctones, ou seja, contraídos em Blumenau.

Vacina contra a dengue

De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBim), a Qdenga é uma vacina tetravalente que protege contra os quatro sorotipos do vírus da dengue – DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Feita com vírus vivo atenuado, ela interage com o sistema imunológico no intuito de gerar resposta semelhante àquela produzida pela infecção natural.

O imunizante deve ser administrado em esquema de duas doses, com intervalo de três meses entre elas, independentemente de o paciente ter tido ou não dengue previamente.

Em Blumenau, a Panvel está oferecendo a vacina Qdenga com valores promocionais até o mês de março. O serviço pode ser conferido nas salas especiais do Panvel Clinic em Santa Catarina, com a opção de comprar na própria loja ou nos canais digitais da rede, escolhendo a unidade mais próxima para sua realização.

Há pouco mais de um mês, o Ministério da Saúde anunciou a incorporação da vacina contra a dengue no Sistema Único de Saúde (SUS). Antes disso, o imunizante Qdenga, produzido pelo laboratório japonês Takeda, passou pelo crivo da Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias (Conitec) no SUS, que recomendou a incorporação priorizando regiões do país com maior incidência e transmissão do vírus, além de faixas etárias de maior risco de agravamento da doença.

A partir do parecer favorável da Conitec, o ministério reforçou que a vacina não seria utilizada em larga escala em um primeiro momento, já que o laboratório informou ter capacidade restrita de fornecimento de doses.

A vacinação contra a dengue na rede pública, portanto, será focada em públicos específicos e em regiões consideradas prioritárias. “Até o início do ano, faremos a definição dos públicos-alvo levando em consideração a limitação da empresa Takeda do número de vacinas disponíveis. Faremos priorizações”, disse a ministra Nísia Trindade à época.

Dengue hemorrágica

Além da dengue clássica, existe uma variação do vírus chamada dengue hemorrágica. Os sintomas iniciais são os mesmo, porém, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o paciente pode entrar na chamada fase crítica da doença depois de três a sete dias do início dos sintomas, quando a febre começa a baixar.

Os seguintes sinais da dengue hemorrágica são: dor abdominal intensa; vômito persistente, às vezes com sangue; sangramento nas gengivas ou nariz; dificuldade respiratória; entre outros. Caso o indivíduo comece a apresentar esses sintomas, deve procurar atendimento médico imediatamente, pois as próximas 24 a 48 horas são determinantes para evitar complicações e morte.


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