Número de infectados pelo vírus do HIV cai 35% em Blumenau
Apesar da queda, a maioria das infecções acontecem em jovens entre 20 e 34 anos
Em Blumenau houve uma redução de 35% no número de detecção de AIDS entre 2011 e 2017, segundo dados do governo do estado. Neste sábado, 1º, é o Dia mundial da luta contra a doença, data instituída há cerca de 30 anos pela Organização Mundial da Saúde.
Em Santa Catarina, de 2007 até 2018, foram detectados pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), 11.234 casos da doença, sendo a maioria em homens. Segundo o órgão, a maioria das infecções acontecem em jovens entre 20 e 34 anos.
“O Dia mundial da luta contra a AIDS serve para reforçar a solidariedade, a tolerância, a compaixão e a compreensão com as pessoas infectadas pelo HIV/AIDS. No Brasil, a data passou a ser adotada a partir de 1988, por uma portaria assinada pelo Ministro da Saúde”, explica o infectologista Rodrigo Perez.
A AIDS
De acordo com o infectologista, “a AIDS trata-se de uma sigla que significa “Síndrome da Imunodeficiência Adquirida”, causada pela infecção do vírus HIV. A infecção promove uma diminuição progressiva da imunidade da pessoa infectada, fazendo com que, inevitavelmente, comece a apresentar sinais e sintomas clínicos de infecções geralmente oportunistas.
“Esse período entre a infecção e o inicio dos sinais e sintomas de doenças oportunistas é bastante variado, entre 5 e 8 anos, podendo sofrer alterações conforme a virulência do vírus e a qualidade de vida do paciente”.
O infectologista explica que “não há sintomas específicos da doença, geralmente são iniciados com sinais inespecíficos como fraqueza, queda do estado geral, queda de disposição e perda de peso. Sintomas mais específicos como tosse, dor de cabeça e diarreia, já podem estar associados com doenças oportunistas e não à AIDS propriamente dita.
Prevenção
De acordo com Perez, “a AIDS é transmitida através do sangue e outros fluídos corpóreos contaminados pelo vírus HIV. Esses fluídos são: sangue, sêmen, líquido vaginal, líquor, liquido pleural e peritoneal. Urina, saliva, suor, lágrima e fezes não são infectantes, a menos que contenham expressiva contaminação com sangue”.
“A prevenção da doença se dá através de relação sexual protegida com camisinha, cuidados como o não compartilhamento de objetos cortantes e atenção quanto à procedência das técnicas de confecção de tatuagens e piercing”, conclui Perez.