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O assalto ao Quero-Quero e a despedida do melhor amigo de Edivânia

Há cinco meses fiz a cobertura jornalística de um dos casos mais tristes que presenciei nestes mais de dez anos de trabalho em Blumenau. A jovem Edivânia Maria de Oliveira, de 22 anos, foi atingida por uma bala perdida durante o assalto ao aeroporto Quero-Quero, em março.

Edivânia e outros funcionários de uma indústria têxtil estavam no horário do lanche. Todos sentados no refeitório, quando de repente começaram os disparos. Os criminosos trocaram tiros com os vigilantes da empresa Brink’s, que fazia o transporte de dinheiro. O armamento era tão forte que ultrapassou carros blindados e paredes das empresas da região. Ela até tentou correr, mas foi atingida antes mesmo de sair da sala.

No velório da Edivânia, amigos e parentes olhavam inconformados, sem acreditar na cena. Foi quando alguém levou um cachorro à cerimônia. Na hora pensei: “só pode ser engano”. Em seguida descobri que não.

O cachorro chorou desesperadamente ao lado do corpo. Parecia até soluçar. Emocionada, uma mulher me contou que era o bichinho de estimação da vítima. A cena foi tão forte que logo tiraram ele do local. Não tinha como não chorar…