Setembro chega e com ele o aniversário do município, que tem como principal força motriz a preservação de sua cultura e história com o povo germânico. Blumenau é conhecida por suas belas paisagens, casas com arquiteturas típicas e uma identidade histórica consolidada. E no dia 2 de setembro, o município celebra os seus 171 anos.

Em comemoração a esta data, a repórter do jornal O Município Blumenau, Alice Kienen, e o cinegrafista Tiago Schumacher desbravaram cinco casarões tombados do município e a história das gerações que residiram nesses locais históricos e tão importantes para Blumenau.

Por meio de cinco vídeos, o conteúdo imersivo contará como a preservação destes patrimônios históricos é necessária para a formação da identidade que molda os blumenauenses e a cidade. “Preservar a arquitetura e suas paisagens é manter viva a história do povo que aqui viveu”, relatou a arquiteta do Patrimônio Histórico de Blumenau, Patrícia Schwanke.

Confira o teaser do especial.

Para o editor-chefe do jornal O Município Blumenau, Cristóvão Vieira, a iniciativa é uma forma de colaborar com a preservação histórica da cidade. “Quem olha pra esses casarões sempre pensa quais memórias e histórias eles trazem. Essa é uma ótima oportunidade de sabermos mais e, dessa forma, darmos mais valor a essas estruturas preservadas que ajudam a manter a identidade de Blumenau”.

Confira abaixo um pouco das cinco histórias contadas no Especial Casarões, uma iniciativa do jornal O Município Blumenau. 

Casarão Curt Hering

Tiago Schumacher/Reprodução

O casarão Curt Hering é conhecido por sua arquitetura delicada e ser cercado por muita natureza. Localizado na rua Hermann Hering, no bairro Bom Retiro, a casa foi a primeira a ter um banheiro em seu interior.

O local foi construído em 1917. Hoje em dia quem mora no local é Carlos Tavares D’Amaral, ex-diretor administrativo da Cia. Hering e aposentado, com sua esposa e filha. E é ele que contará a história das diversas gerações que passaram por aquele local.

Casarão Breves Filho

Tiago Schumacher/Reprodução

Construído pelo engenheiro Joaquim Breves Filho, diretor da Estrada de Ferro Santa Catarina (EFSC) no Vale do Itajaí, o casarão fica no Centro Histórico de Blumenau, aos fundos do Museu de Hábitos e Costumes.

Construído perto de uma ribanceira para ter espaço para o jardim, o local foi aproveitado em conjunto com uma nascente no morro aos fundos de suas dependências, fazendo-se assim um ribeirão que passa ao lado da casa.

Sua construção está datada no Arquivo História em 1900, porém, levanta questionamentos por conta da arquitetura que chegou a Blumenau apenas em 1920. Ele está localizado na rua Alwin Schrader, no bairro Centro.

Quem contará a história por detrás das paredes do local é a arquiteta e historiadora, Angelina Wittmann. Antiga sede do Sindicato dos Têxteis de Blumenau (Sintex), o imóvel está atualmente à venda.

Casarão Sasse

Tiago Schumacher/Reprodução

Popularmente conhecido como Casa da Sasse, o terceiro casarão pertencia a Otto Sasse, filho de imigrantes, que tinha como esposa Ottilie Bergm, que nasceu na Alemanha e veio para Blumenau com apenas dois meses.

Eles se casaram em 1905 e, no casarão, conviveram com suas seis filhas um filho. Ottilie faleceu em 1954, após complicações pós-parto e a filha mais velha assumiu os afazeres domésticos, os demais filhos ajudavam na horda e nos cuidados da propriedade rural.

A estrutura, construída em 1909, é hoje um local de visitação de turistas e moradores de Blumenau. E foi uma das primeiras edificações do bairro Tribess, de um dos primeiros colonos, tombada em 2010.

Atualmente, o funcionário do Supermercado Hannes, Valmir de Borba é quem cuida do local e quem deu voz às aventuras e histórias vividas neste casarão.

Casarões Zimdars

Tiago Schumacher/Reprodução

Em uma região afastada, os Casarões Zimdars carregam suas histórias e momentos importantes para a identidade blumenauense e da chamada Itoupava Rega, nos limites de Blumenau, na rua Erwin Manzke.

Construído em 1899, em estrutura enxaimel, pelo avô, que veio da Alemanha, do atual proprietário Mario Zimdars, o local já foi usado de moradia, baile de caça e tiro e foi o primeiro comércio da região.

Já o imóvel colonial, em frente ao antigo, foi levantado em 1923. Abrigava um comércio no piso térreo e a casa dos pais de Mario no segundo andar. Atualmente, o comércio da família ocorre no prédio construído ao lado.

De tão afastada, algumas casas na região nem mesmo tem números. Nesse vídeo, será possível conhecer as diversas histórias que Mário Zimdars viveu em uma região tão afastada.

Casarão Klitzke

Tiago Schumacher/Reprodução

Construído em uma das primeiras ruas asfaltadas da cidade, o casarão Klitzke ainda dispõem em seu interior às escadarias e lustres originais dos anos 1951, data de sua construção. A arquitetura chama atenção pela inclinação do telhado e fica na região que concentra diversos outros casarões históricos de Blumenau.

Localizado na rua Amazonas, no bairro Garcia, e foi construída por João Waldir Klitzke, que faleceu anos após vender o casarão para a família do atual proprietário da família de Deusdith de Souza Junior.

O local foi tombado em 2009 e é cuidado por Deusdith Junior e suas irmãs, que contarão um pouco da história vivenciadas dentro das paredes azuladas do local.


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