O impacto do Nacionalismo de Getúlio Vargas no Vale do Itajaí, antiga Colônia Blumenau
Em alguns trabalhos que desenvolvemos, durante a pesquisa e depois, no momento de publicá-los, ficamos conhecendo a história do surgimento de inúmeras nucleações que deram origem a incontáveis cidades fundadas por pioneiros alemães e italianos na região Norte e Nordeste do Estado de Santa Catarina (região da Colônia Blumenau e da Colônia Dona Francisca), entre outras tantas de imigrantes do Sul do Brasil, a partir de propagandas emitidas pelo governo brasileiro na Europa.
Visavam suprir a ausência de segurança e desenvolvimento e povoar esta região do Brasil – país recém-liberto de Portugal. Esta região era alvo permanente dos espanhóis, cuja colonização estava do outro lado dos limites do subdesenvolvido Sul do Brasil.
Já abordamos esta pauta em outros artigos – região Sul do Brasil pós-independência e suas condições no início do século XIX, época, que apresentava ao País, problemas de segurança e infraestrutura. A região sofria constantes disputas de terras entre, principalmente, portugueses e espanhóis, e era pouco desenvolvida e povoada, comparada às regiões do Sudeste e do Nordeste do Brasil.
Em 1822, quando o Brasil se libertou de Portugal, o governo brasileiro investiu em propaganda para promover a imigração para o país, principalmente a alemã e a italiana. A Europa, nesse período, passava por uma série de conflitos sociais, econômicos e políticos, bem como revoluções no final do século XVIII e início do século XIX.
O Brasil não dispunha de um exército para manter sua segurança nacional em seu continental território. O problema se agravava na região Sul, que estava sob constantes ameaças em suas fronteiras, provocadas pelas investidas das tropas espanholas. Por questões de segurança, não podia confiar nos portugueses que viviam na região. O governo brasileiro encontrou a saída com a adoção de propagandas de convencimento na Europa, difundindo vantagens do novo país, entre as quais o direito à terra, à paz e ao alimento em abundância. Ofereceu vantagens (nem sempre cumpridas) às famílias interessadas em residir na região, tais como passagens, direito à cidadania, isenção de impostos e direito a posse de uma ou duas colônias de terras (24 a 48 ha).
O objetivo era que estas famílias, principalmente as alemãs e italianas, ocupassem a terra e os homens servissem no exército de reserva, para manter a segurança da região Sul. Menos de 40 anos depois, o “tempo mudou” e esta história teve outro rumo, com profundas marcas sociais nas mesmas regiões ocupadas e desenvolvidas por esses pioneiros. Sofreram bulling oficial e popular, além de humilhações dentro das cidades que construíram – muitas vezes sem a presença do Estado brasileiro e, literalmente, com suas próprias mãos.
Estas marcas silenciaram brasileiros dentro de suas terras e de suas casas. Brasileiros, filhos de imigrantes, que em outros tempos, foram “úteis”, como tantos outros imigrantes de outras nacionalidades que também ajudaram a construir o Brasil. Os acontecimentos atingiram e marcaram mais de duas gerações nas regiões povoadas por estes e também na antiga Colônia Blumenau – Vale do Itajaí. Os responsáveis diretos pelo desencadear do bulling oficial foram Getúlio Dornelles Vargas – presidente do Brasil, e interventores do Estado de Santa Catarina, como Aristiliano Ramos e Nereu Ramos – indicados pelo presidente do Brasil.
Ao conhecermos um pouco desta história, que teve início nos primeiros anos da década de 1930, passamos a compreender algumas “reviravoltas” políticas, sociais e econômicas ocorridas em Blumenau e região, que, até então, se resumia no território da grande Colônia Blumenau. Exceto a cidade de Rio do Sul, sobre a qual narraremos separadamente, visto haver fatos não muito claros em sua emancipação de Blumenau, ocorrida antes deste tempo histórico.
As famílias fundadoras de dezenas de cidades colonizadas por alemães e italianos em muitas regiões do País, principalmente no Sul do Brasil, tiveram que “apagar”, “esquecer” lembranças dos antepassados, tradições, cultura, a língua natal – tendo, muitas vezes, suas residências assaltadas, juntamente com a destruição material de livros, fotografias, mobiliários, documentos e, muitas vezes, a própria casa. Os filhos de mais de uma geração foram tomados pelo medo das consequências formais se mantivessem sua língua, sua cultura e sua tradição dentro de um país que recebera muitos povos durante os vários recortes de tempo, e que assumira como identidade as práticas culturais de etnias presentes somente nas suas duas primeiras capitais – Rio de Janeiro e Salvador – quase que desprezando tudo o mais.
Para compreender um pouco mais sobre as perseguições e o bulling oficial praticados na região do Vale do Itajaí a partir da década de 1930, faz-se necessário conhecer um pouco mais o perfil do personagem da história do Brasil que foi um dos principais responsáveis pelas ocorrências desta história, devido aos seus feitos e decisões políticas – Getúlio Dornelles Vargas.
Getúlio Dornelles Vargas
Getúlio Vargas assumiu seu governo com “barulho”. Como líder da Revolução de 1930, que depôs o presidente do Brasil Washington Luiz Pereira de Souza e impediu o presidente eleito – Júlio Prestes de Albuquerque, seu opositor nas urnas – de assumir o cargo.
Júlio Prestes teve o apoio de 17 dos 20 estados brasileiros, e obteve pouco mais de um milhão de votos, cerca de 300 mil a mais do que seu oponente Getúlio Vargas. Prestes viajou para o exterior, onde foi recebido como presidente eleito em Washington, Paris e Londres. Não respeitando a eleição e a constituição vigente, um grupo liderado por Getúlio Vargas, pondo-se contrário à sucessão, criou a Aliança Liberal, que acabaria por abrir caminho para a Revolução de 1930, conduzindo Getúlio Vargas ao poder.
Vargas governou o Brasil com “mão de ferro” por 15 anos ininterruptos – de 1930 a 1945. Depois do primeiro mandato, retornou à presidência com voto direto e permaneceu no cargo até, supostamente, suicidar-se no dia 24 de agosto de 1954, no Palácio do Cadete – Rio de Janeiro. Ainda há controvérsias.
Durante seu governo, houve a Segunda Guerra Mundial e também muitas mudanças no Vale do Itajaí e em outras colônias alemãs do País. Carreira política…
Voltou a ser Deputado Estadual no ano de 1917, e foi reeleito nos anos de 1919 e 1921. Portanto, nesse momento já era um político experiente e conhecia muito bem as colônias alemãs e italianas do Rio Grande do Sul, seu Estado. Sua capital – Porto Alegre – tinha uma população considerável de imigrantes alemães e descendentes.
De acordo com um artigo de autoria de Júlio César Bittencourt Francisco, em 1921 a capital gaúcha tinha 10% de sua população formada por alemães.
Como se comportou de forma independente, enfrentando o Presidente da Província, governou o Brasil guiado por suas ideias, sem muitos ajustes e “tolerância”.
Participou do Movimento Armado que culminou com a Revolução de 1930. Tal ação foi orquestrada pelos Estados de Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Sul.
Nesse período, a quebra da Bolsa de New York, em 1929, desencadeou uma crise econômica mundial, abalando, no Brasil, as exportações de café.
Esta crise balançou a política nacional e os interesses de seus políticos, que tiraram proveito do momento. No mesmo ano de 1929, oligarquias paulistanas quebraram acordos com oligarquias mineiras – a conhecida política “Café com Leite”. Com isto, indicaram o nome do paulista Júlio Prestes como candidato à presidência do Brasil. O governo de Minas Gerais da época – Antônio Carlos Ribeiro de Andrada -, ao ser abordado por Getúlio Vargas (que não perdia a oportunidade de discórdia) apoiou sua candidatura à presidência da República.
No dia 1° de março de 1930 aconteceram as eleições para a Presidência da República do Brasil. Júlio Prestes, de São Paulo, saiu-se vencedor, mas foi impedido de assumir seu cargo. O candidato vencido – Getúlio Vargas – liderou um Golpe de Estado no dia 3 de outubro do mesmo ano, e o presidente eleito foi enviado ao exílio.
Em novembro de 1930, Getúlio Vargas, que perdera as eleições presidenciais, assumiu a chefia do “Governo Provisório” do Brasil, a partir de um Golpe de Estado.
Na História do Brasil, este momento ficou conhecido como o “Fim da República Velha” – momento da deposição do Presidente do Brasil Washington Luiz; revogação da constituição de 1891; dissolução do Congresso Nacional; intervenção federal em governos estaduais; e quebra das oligarquias na agricultura, comuns em São Paulo e Minas Gerais.
Como isso foi possível?
Getúlio Vargas tinha o apoio de uma junta militar provisória (novamente!!!), que o colocou no poder reconhecendo-o como líder do movimento. Este governo esteve à frente do governo do Brasil por 15 anos.
Mencionamos “novamente”, porque nos fez lembrar o Golpe de Estado que ocorreu no período histórico anterior – menos de 40 anos antes – no ano de 1889, quando o Exército Brasileiro radicado no Rio de Janeiro mandou o Imperador Pedro II para o exílio, na calada da noite – e tomou o poder – anunciando, teatralmente, a “Proclamação da República”!
A República tinha somente 40 anos de existência no Brasil, e o País passava pelo segundo Golpe Militar.
1930 -1934
Getúlio Vargas assumiu o cargo às 15h, tarde do dia 3 de novembro de 1930. Nesse tempo ainda usava farda militar. No mesmo momento, seus conterrâneos militares do Rio Grande do Sul amarravam seus cavalos no obelisco da Avenida Central (atual Avenida Rio Branco), comemorando o golpe e a vitória da Revolução.
Nesse contexto de “bis histórico” de golpes, Getúlio Vargas tornou-se o Chefe do Governo Provisório com todos os poderes – os revolucionários não aceitavam o título de Presidente da República – a mesma República instaurada por outro Golpe de Estado havia menos de 40 anos – momento em que também houvera um “Governo Provisório” – assumido por Deodoro da Fonseca, logo substituído por Floriano Peixoto.
Getúlio Vargas governava por meio de decretos que tinham força de lei. Vale destacar que no Diário do dia 4 de dezembro de 1932, está esclarecido que nada foi encontrado de irregularidades e corrupção no governo deposto em 1930. Seus integrantes passaram a ser chamados de “os honrados políticos da República Velha”. É o Brasil…
Também nesse início de Governo Provisório, foi criado, via Decreto, o “Gabinete Negro”. Este era formado por Getúlio Vargas, Pedro Ernesto, General José Fernandes Leite de Castro, Ari Parreiras, Osvaldo Aranha, Góis Monteiro, José Américo de Almeida, Juarez Távora e o Tenente Lins de Barros. Somava mais poder que o também existente Gabinete Ministerial.
No mês seguinte, novamente via Decreto emitido no dia 12 de dezembro de 1930 – Decreto 19.482, houve a limitação da entrada de imigrantes no Brasil. Isto durou até 1933. A implicância contra “imigrantes” já existia antes da Segunda Guerra Mundial. De acordo com o governo de Getúlio Vargas, esta medida foi tomada para evitar o aumento de desemprego. Os imigrantes industrializaram o interior de Santa Catarina e construíram infraestrutura.
Desconheciam, os revolucionários e golpistas, agora parte do Governo Provisório brasileiro, que o imigrante alemão e italiano, ao fundarem inúmeras cidades na grande Colônia Blumenau (e também no interior do Sul do Brasil), industrializaram o interior de Santa Catarina e também de outras regiões do País, gerando o “tal” emprego. Há um estudo sobre esta questão, desenvolvido pelo arquiteto Doutor Vilmar Vidor em sua tese de Doutorado, na Sorbonne, França, publicado sob o título Indústria e Urbanização no Nordeste de Santa Catarina. Recomendamos.
Vamos relembrar que o Estado de Santa Catarina, antes da vinda do imigrante do século XIX, possuía 4 vilas: três litorâneas, sendo uma delas a Capital da Província, fundadas anteriormente por imigrantes portugueses. E uma no interior do Estado, parada das tropas que viajavam entre o Rio Grande do Sul e São Paulo. Quem introduziu a industrialização no Estado e a criação de firmas foram os imigrantes alemães e italianos.
Revolução Constitucionalista teve início no dia 9 de julho e foi vencida militarmente no dia 2 outubro de 1932. Lembramos que São Paulo também foi um reduto de imigrantes que impulsionaram a economia de uma vila, na virada do século XIX para o século XX. Os imigrantes “geraram empregos”, desde o momento em que foram aliciados para ocupar o lugar dos escravos libertos, nas fazendas de café.
Após esse desgaste, Getúlio Vargas se “aproxima” de São Paulo e nomeia um civil paulista, Armando de Salles Oliveira, que havia apoiado o Golpe de Estado de 1930, para ser o interventor do Estado, caracterizando suas ações populistas. Para mostrar que desejava “boas relações” com o Estado de São Paulo, em 1938 participa pessoalmente da inauguração da Avenida 9 de Julho, nomeando um ex-combatente de 1932 como interventor federal em São Paulo. Usava os cargos nomeados para “acalmar” os opositores. Também para sucessor do político Ademar de Barros, nomeou o Secretário da Agricultura de Júlio Prestes, quando este era governador de São Paulo (1927-1930). Getúlio fez questão de afirmar “que a Revolução de 1932 foi desnecessária”, pois ele faria essas movimentações políticas no Estado, que de fato aconteceram, por que houvera a Revolução. Os paulistas chamavam o ocorrido com a redemocratização do Brasil como Movimento Constitucionalista de 1932.
No dia 3 de maio de 1933 foi realizada a eleição para a Assembleia Nacional Constituinte. Nesta, pela primeira vez na História do Brasil as mulheres puderam votar em eleições nacionais.
No dia 15 de novembro de 1933 foi instalada a Constituinte, promulgada no dia 16 de julho de 1934. Getúlio Vargas não via muito bem o governo com a presença da Constituição. Dizia: Impossível governar com ela!
Promulgando a Constituição de 1934.
As três críticas de Getúlio Vargas à Constituição de 1934:
- A nacionalização de bancos e de minas, com todos os direitos sociais previstos, custos para empresas privadas, despesas do governo e déficit público se elevariam muito.
- Socorrer as famílias de prole numerosa – maioria das famílias brasileiras da época.
- Sendo liberal demais, não permitia combate à “subversão”.
O Governo Provisório havia formado uma comissão de juristas que dava poder ao executivo federal forte e central – como Getúlio Vargas desejava. Isto foi enfraquecido na Constituição de 1934, quando esta dava certa autonomia aos estados federados. Nesse momento, foram extintos os senados estaduais, que até os dias atuais não voltaram. No dia 17 de julho de 1934, por meio de uma eleição indireta para a Presidência da República, o Congresso Nacional elegeu Getúlio Vargas para o cargo de Presidente da República.
O real mandato presidencial de Getúlio Vargas iniciou-se no dia 20 de julho de 1934. Seu governo deveria ir até o ano de 1938 e, de acordo com a Constituição, não havia Vice-Presidente. Os Estados fizeram suas constituições e muitos interventores se tornaram governadores, eleitos pela Assembleia Legislativa. Acontecia a vitória dos partidários de Getúlio Vargas nos Estados.
No dia 4 de abril de 1935, pela lei N° 38, foi deliberada a definição de crimes contra a ordem política e social, o que permitia maior rigor contra a “subversão” da ordem pública. Ficou conhecida como Lei de Segurança Nacional.
Existe um documentário, entre muitos, mas em especial este que assistimos, sobre as manobras de Vargas e quebras de contratos, e de como ele fundou a Companhia Siderúrgica Nacional (1940), a Vale do Rio Doce (1942) e a Hidrelétrica de São Francisco (1945).
Dessas três iniciativas, a fundação da Companhia Siderúrgica Nacional tem “ecos barulhentos” nas cidades fundadas por imigrantes alemães da região do Vale do Itajaí e de outras, no Brasil.
Interesses do governo Vargas – Segunda Guerra Mundial e uma farsa
Desde o início de seu governo, Getúlio Vargas tinha a ambição de nacionalizar todas as reservas minerais do território brasileiro. A partir desta visão, criou, no ano de 1931, a Comissão Nacional de Siderurgia – ligada ao Ministério da Guerra, onde reuniu técnicos, empresários e militares. Houve quebra de contratos, compromissos em nome do seu “Bem querer”. Por exemplo, a quebra do contrato com a Itabira Iron, que por ações discutíveis foi “nacionalizada” em 1939, desconsiderando o investimento privado feito no local com pesquisas e estrutura. Itabira Iron foi dividida em Companhia Brasileira de Mineração e Itabira Mineração. Neste tempo, o governo de Getúlio Vargas reuniu todas as condições necessárias para a implantação de uma indústria siderúrgica, desde a matéria-prima, planos e projetos, mas lhe faltava capital e meio para concretizar. Na Europa iniciava-se a Segunda Guerra Mundial. Getúlio Vargas, mesmo não definindo sua posição em relação às movimentações na Europa, externava as características de um governo ditador simpático ao modelo fascista. Mas, ardilosamente, não demonstrou uma posição específica ou lado no qual se colocaria. Em janeiro de 1939, enquanto Oswaldo Aranha tentava parcerias com os norte-americanos para fundar a Siderúrgica Nacional, outro representante foi enviado à Europa para entrar em contato com os grupos ingleses e alemães com o mesmo objetivo – a implantação da indústria siderúrgica no Brasil.
Em setembro de 1939, a partir da invasão da Alemanha à Polônia, foi feita a declaração de guerra por parte do Reino Unido e da França à Alemanha, iniciando, então a Segunda Guerra Mundial. O governo de Getúlio Vargas ficou “neutro” até o momento em que, oportunamente, vislumbrou a possibilidade de “lucrar” com a situação internacional. Deu a entender, no cenário internacional, que poderia fazer com que o Brasil apoiasse os países do Eixo – Alemanha e Itália, contra os Aliados. Com isto, despertou a atenção dos Estados Unidos, que aceitaram a proposta de financiar a Siderúrgica Nacional, que era uma empresa privada, em troca da “participação do Brasil” na guerra, ao lado dos Aliados e, ainda, fornecendo aço e látex.
Era necessário um pretexto para resolver este problema. Não demorou muito. Em mares brasileiros, em fevereiro de 1942, supostos submarinos alemães e italianos torpedearam embarcações brasileiras – aqui, no hemisfério Sul da América!!! A guerra acontecia na Europa. Com isto, o Brasil tinha argumentos para se alinhar aos Aliados.
Para explicar: essa manobra era regulamentada pela Carta do Atlântico (previa o alinhamento automático com qualquer nação do continente americano que fosse atacada por uma potência extracontinental). Este acontecimento fez surgir muitos comentários relacionados à situação da Alemanha e da Itália e a indiferença do Brasil, sobre a possibilidade de esta ação ter sido “orquestrada” por outros interesses. Isto foi meticulosamente alardeado pela imprensa nacional e internacional e assim a população (onde não há educação, a população se torna “massa de manobra”) saiu às ruas para “exigir reação” do governo brasileiro, que, junto com o dos Estados Unidos aguardava exatamente isso para dar sequência aos planos.
Coincidentemente, após o episódio, os Estados Unidos financiaram e fizeram a Siderúrgica Nacional “acontecer”; e também financiaram outras propostas de auxílio à economia nacional. Os fundos americanos vieram pelo EXIMBANK – Export Import Bank. Esta parte da história não está em todos os livros de História do Brasil.
O Brasil declarou guerra à Alemanha e à Itália em agosto de 1942; e também deu início às perseguições aos descendentes de alemães e de italianos – brasileiros que viviam no Brasil.
Nessa mesma época, Getúlio Vargas assinou o Tratado de Washington, com a presença do presidente dos Estados Unidos – Roosevelt, garantindo 45 mil toneladas de látex às forças aliadas, o que fez surgir o segundo ciclo da borracha.
Os “ecos” dessas manobras foram fortes nas regiões fundadas por alemães – onde viviam brasileiros natos ou oriundos de outras etnias formadoras do País.
Para entender um pouco mais, recomendamos assistir ao vídeo.
Esta movimentação em Blumenau e em outras regiões do Brasil em que viviam imigrantes e descendentes de imigrantes alemães, italianos e também japoneses neste período (lembrando que no Brasil, exceto os índios, todos foram imigrantes), ficaram conhecidos como Campanha da Nacionalização. Mesmo após o término da Segunda Guerra Mundial, o bulling oficial e informal prosseguiu contra essas pessoas. O objetivo, no momento pós-guerra, foi desviar capitais dessas regiões com grande produção industrial e, muitas vezes, destoando do resto do cenário estadual e nacional, também quanto à presença de infraestrutura. “Assalto” mascarado.
Campanha de Nacionalização – Blumenau e Região
Um pouco antes de se iniciar a Segunda Guerra Mundial, entre março e maio de 1938, foram publicadas diversas leis regulamentando atividades comerciais e práticas políticas de imigrantes. Por exemplo, o Decreto-Lei n° 383, de 18 de abril de 1938, proibia a prática de qualquer atividade política de imigrantes no Brasil e o acesso de brasileiros a instituições culturais dos imigrantes. Neste período, o embaixador alemão no Brasil, Karl Ritter, informava Berlim sobre os acontecimentos. Em um de seus relatórios, narra que desde o Golpe de Getúlio Vargas, percebe-se um nacionalismo, jogando a opinião pública contra o imigrante alemão e seus descendentes residentes no País; de certa maneira, percebemos o ranço disto até os dias atuais.
Nesse tempo, o governo alemão tinha interesses em parcerias comerciais com o Brasil, e procurou alimentar, diplomaticamente, o bom entendimento com o governo brasileiro, mantendo cuidados em comunicações com Getúlio Vargas sobre o assunto de nacionalização e perseguição aos imigrantes alemães. Karl Ritter procurava conversar com Getúlio Vargas, a fim de sensibilizá-lo, e este contra argumentava, dizendo que se liberasse e atendesse sua solicitação, seria como permitir um Estado estrangeiro dentro do Estado nacional brasileiro. Karl Ritter, em um outro momento, ouviu de Getúlio Vargas, ao pedir que revogasse o Decreto n° 383, que além de ser um amigo da Alemanha, era também um admirador de Hitler, e tinha interesse nas relações comerciais entre os dois países. Terminou dizendo “curto e grosso”, que partidos políticos e organizações estrangeiras no País eram assuntos internos do Brasil.
Getúlio Vargas tinha como objetivo eliminar as diferenças culturais existentes no País de território continental e com povoações de migrações distintas, em diferentes períodos históricos. Era pretensioso o presidente brasileiro.
Não encontramos em nenhuma comunicação oficial a definição da cultura oficial do Brasil. Se é: a gaúcha dos pampas ou de Salvador da Bahia; ou ainda, carioca do Rio de Janeiro, culturas distintas em solo brasileiro, terra natal do presidente e das duas primeiras capitais do País, respectivamente.
No Rio Grande do Sul, partidos estrangeiros foram proibidos no dia 15 de fevereiro de 1938, e em Santa Catarina, no dia 8 de março de 1938.
Muitas pessoas que residiam em Blumenau, como mostramos no vídeo anterior, foram presas em campos de concentração existentes em Santa Catarina, durante a Segunda Guerra Mundial. No final de 1943, 68 alemães estavam presos no Campo de Concentração de Trindade – Florianópolis – por motivos de “segurança nacional”. Destes, 21 eram de Blumenau. Havia outros Campos de Concentração, em outras regiões do Estado de Santa Catarina e do País.
A Campanha de Nacionalização aconteceu no Estado Novo do Governo de Getúlio Vargas. Com medidas radicais, buscavam a construção de sujeitos patriotas, com o intuito de criar um “sentimento nacional”, desconsiderando o papel do imigrante e de sua identidade, aspectos que ajudaram a construir vilas e cidades no interior do Estado de Santa Catarina. Lembrando que o Brasil foi construído pela iniciativa e trabalho de imigrantes, desde o século XVI, quando chegaram os primeiros e tiveram contato com a população local, por meio da celebração de uma missa, logo que desembarcaram em solo “brasileiro”.
O que seria, exatamente, “um sentimento nacional”? O governo de Getúlio Vargas teve início somente 40 anos após o golpe da “Proclamação da República” sobre o Imperador do Brasil, Pedro II, que foi filho e neto de Imperadores de Portugal. Portugueses que trouxeram para o País os africanos – povo que escravizaram (principalmente nas duas primeiras capitais do Brasil), e que contribuíram igualmente para a formação da identidade nacional; mas não foi a única etnia presente em solo brasileiro ao longo de sua história. E as demais etnias?
Em Blumenau e região, o Exército foi um dos principais instrumentos de implantação da política e ideologia de Getúlio Vargas. O Exército chegou a Blumenau, por meio de mais um decreto assinado por Getúlio Vargas, em 31 de dezembro de 1938.
O Exército interferiu diretamente em instituições locais públicas, exigindo que se falasse o português em lugar do alemão. A preocupação do Exército brasileiro e do governo de Vargas foi o isolamento em que as instituições viviam e se tornaram autossuficientes.
Historicamente, em um primeiro momento, foram colocadas em locais isolados sem a devida infraestrutura. Construíram e são responsáveis pela abertura de estradas no interior do Estado efetuando ligações entre regiões, e construíram e viabilizaram o desenvolvimento de suas cidades, providas de instalações necessárias, principalmente escolas. Ao contrário do restante do País, em que havia alto índice de analfabetismo, não existiam analfabetos nas colônias alemãs. Sem estrutura e apoio do Estado, buscavam seus professores na Alemanha. Estas mesmas escolas foram fechadas ou confiscadas, a mando do governo brasileiro no período de nacionalização. E foram rebatizadas com nomes “patrióticos”.
As cidades do Vale do Itajaí e do Vale do Itapocu foram as regiões que mais tiveram interferência do governo central brasileiro, por meio da Campanha de Nacionalização, no Estado de Santa Catarina. Por quê?
Na época, os militares que viviam em Blumenau escreviam em livros de Campanha de Nacionalização. Sobre o “combate”, a luta do Exército buscando a nacionalização da região, agiam como se estivessem travando uma luta. Para o governo de Getúlio Vargas, Aristiliano Ramos e Nereu Ramos, foi com a presença do Exército que se implantou na região a Campanha de Nacionalização – uma batalha contra o “inimigo da nação”, uma luta da inteligência contra forças secretas.
As pessoas do grupo “agressivo” precisavam “abrasileirar-se”, esbarrando nas segregações, bulling e antipatias à cultura dos imigrantes alemães e italianos.
Esta questão também é abordada na Imprensa Oficial do Estado de Santa Catarina, quando procura traçar um perfil dos municípios do Vale do Itajaí com base em duas questões: “abrasileiramento” e “repressão”, como o choque do “bem” e do “mal” em relação à integridade da unidade política brasileira, representando a presença do Exército como as “forças do bem”. O Exército chegava ao Vale do Itajaí como “defensor da Nação”, e que os militares que participavam dessa operação traduziam como “missão”.
Chegaram a Blumenau, por um Decreto de Vargas, no ano de 1938.
Os agentes militares da nacionalização nas várias regiões buscavam, pela informação e o domínio do território, o controle da população local e colocar em prática as medidas que implantassem o “sentimento nacional”.
Nesse período, Blumenau praticava oposição ao modelo vigente do governo federal de Vargas. Este, conhecido por não aceitar diálogo e posições contrárias às suas, tomou atitudes radicais contra a região. Por intermédio do interventor do Estado, neste momento o lageano Aristiliano Ramos, em 22 fevereiro de 1934, fracionou o território do grande município de Blumenau.
As pessoas ocuparam as ruas, não aceitando a imposição intransigente. A pesquisadora Dra. Claudia Siebert elaborou estudos em forma de mapas, ilustrando essa movimentação dos desmembramentos no território de Blumenau.
A partir de 1953, as tensões políticas e sociais cresceram. Nesse tempo, o “Nacionalismo” de Getúlio Vargas lembrava muito a ideologia comunista e não agradava a uma importante parcela das Forças Armadas e aos partidos conservadores. Em 1954, a oposição encontrou novos temas para a sua campanha antivarguista: a acusação de que ele pretendia instaurar uma ditadura nos moldes peronistas. Mais um acontecimento inesperado sela a aliança entre civis e militares para a deposição do presidente. Carlos Lacerda (1914-1977), porta-voz e líder da oposição a Vargas, é vítima de atentado no dia 5 de agosto, quando o major-aviador Rubens Vaz morre. As investigações apontam, como mandante, o chefe da guarda pessoal do presidente. Vargas é arrastado em uma enxurrada de denúncias de corrupção e ligações criminosas. O Exército exige a renúncia do presidente. Supostamente, Getúlio Vargas pratica o suicídio, o que não convence a todos.
A pesquisa permanecerá aberta, em detrimento da complexidade sociopolítica do tema Nacionalismo. Começamos a escrevê-la, após assistirmos ao Documentário Sem Palavras – vídeo anterior. O assunto é muito abrangente e no decorrer de sua elaboração compreendemos muitas questões, como, por exemplo: a “brasilidade” da obra do maestro Heinz Geyer, que idealizou o novo Teatro e que – agora sabemos – foi obrigado a trocar o nome de Sociedade Teatral Froshsinn para Sociedade Dramático-Musical Carlos Gomes.
Blumenau, foi toda “rebatizada”, mas não trocaram seu próprio nome, como ocorreu com a capital da Província de Santa Catarina, após o Golpe da Proclamação da República, que trocou o nome “Nossa Senhora do Desterro” para Florianópolis.
Histórias do Brasil, com reflexos regionais e locais
Um relato muito real de uma fase negra por que passaram pessoas inocentes. Eu e minha família vivíamos com medo de ver os pais presos apenas por serem alemães. Manfredo Bubeck
Meu padrinho de casamento foi Alfredo Carvalho, o que subiu a escadaria da Igreja; meus avós também foram molestados, mas a polícia levou uma camaçada de pau e nunca mais apareceram, e Alfredo Carvalho também queimava notas de 500 mil reis falava em alemão com os policiais, mas nunca o prenderam, porque quem o queria prender, eles sujavam com fezes e vomitavam em cima deles. Ary Ligner
Foto encontrada em Rodeio SC
Historicamente, Getúlio Vargas, na região da Colônia Blumenau, foi um dos principais algozes de sua história. As pessoas mais antigas da cidade de Rodeio nos contaram que as casas oficiais e também particulares eram obrigadas a apresentar seu retrato na parede. Foto do Acervo do Museu de Usos e Costumes Trentino de Rodeio-SC.
Comentário
Fala-se muito nas oligarquias familiares no governo do Estado de Santa Catarina. Acabamos de descobrir um fato interessante. Descobrimos o porquê do antagonismo político entre a família itajaiense dos Konders e a família lageana dos Ramos, famílias fortes na política estadual.
De onde vem isso?
Os Konders eram contrários ao governo de Getúlio Vargas e a sua política do Nacionalismo em toda a região da antiga Colônia de Blumenau. Conhecemos os inúmeros motivos para a geração desse antagonismo, sobre os quais já dissertamos. Os Ramos? Eram nomes de aliados de Getúlio Vargas no Estado de Santa Catarina.
Fato histórico: a mãe do historiador blumenauense Niels Deeke, filho de Hercílio Deeke, neto de José Deeke, bisneto de Christiane Johanna Krohberger Deeke, irmã de Heinrich Krohberger – pertencia à família Ramos, pelo lado de sua mãe.
Registro para a História
Referências
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Sou Angelina Wittmann, Arquiteta e Mestre em Urbanismo, História e Arquitetura da Cidade.
Contatos:
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@AngelWittmann (Twitter)
Chegou o livro “Fragmentos Históricos – Colônia Blumenau” – inspirado nos artigos desta coluna. Primeiro lançamento em Blumenau – dia 9 de março de 2023 – Fundação Cultural de Blumenau/MAB.
Agradecemos este espeço que nos inspirou a colocar parte deste conteúdo nesta publicação. Colocaremos nas Bibliotecas das Escolas Municipais e nas principais bibliotecas de Blumenau.