O que Blumenau aprendeu em um ano de pandemia
Agora em março estamos completando um ano do início das severas restrições no cotidiano dos munícipes. Nada muito diferente do que tem ocorrido mundo afora, com uma ou outra variante. Mas fato é que vivemos nas cidades e a nós, blumenauenses, é preciso voltar os olhos para o nosso quintal.
As notícias veiculadas na mídia, nesse momento, não são nada boas. Dificilmente alguém imaginou, lá no início das paralisações, que doze meses após estaríamos vivendo a insegurança de hoje, com UTIs praticamente lotadas. Tudo teria sido planejado para, exatamente, evitar esse cenário.
Não foram só os leitos de UTI que ficaram aquém. Ao longo desse período, convenhamos, o transporte coletivo de passageiros não se adequou, reuniões e encontros particulares evitáveis não o foram, e o alcance da eficiência no ensino mediado por tecnologias da informação aos estudantes da rede pública municipal ainda é um grande desafio.
De outro lado, convivemos com restrições descabidas e aparentemente prejudiciais à saúde coletiva. Como é o caso, por exemplo, do fechamento de parques, praias e locais públicos que, sim, podem e devem ser utilizados para lazer, exercícios e atividades físicas num uso adequado e consciente.
O convívio com a Covid-19, que já se incorporou em nossa rotina, além de todos os males que nos impõe, precisa também levar-nos à evolução. Até porque não estamos mais a salvos de situações futuras e similares, próprias de uma sociedade de massa, globalizada e com mais de 7 bilhões de terráqueos sobre o globo.
Uma das medidas que devemos adotar já nesse ano é ampliar o debate sobre o orçamento público do município de Blumenau. Priorizar investimentos em saúde e educação em detrimento de desonerações, isenções e subseções diversas e desmedidas é medida que, pelo visto, só se consegue fazer com a intervenção direta da sociedade. Até porque, nessa área, em se comparando o ano passado com o presente, vamos e venhamos, está tudo como dantes no quartel de Abrantes.