O diretor-presidente do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae), André Espezim, compareceu na sessão ordinária da Câmara de Blumenau nesta terça-feira, 10, atendendo à convocação feita através do Requerimento nº 1621/2024, de autoria do vereador Gilson de Souza (União). O requerimento, aprovado por unanimidade no dia 24 de outubro, teve o objetivo de obter esclarecimentos “sobre os problemas de falta de água em nossa cidade e informar qual o planejamento que está sendo adotado para mitigar e resolver esses problemas”.
Espezim iniciou sua fala assinalando que a administração assumiu a autarquia com R$ 90 milhões disponíveis em caixa para investimentos em água e saneamento. Apontou que tomou providências para que hoje não haja manutenção fora do controle e contratou projetos existentes para que a reservação da cidade pudesse estar a contento.
Investimento em ETAs
Para isso, apontou a construção da Estação de Tratamento de Água (ETA) 5, planejada para atender a região que mais cresce em Blumenau. Disse que a ETA 5 começará a operar no próximo ano, com capacidade de captação, tratamento e distribuição de 300 litros de água por segundo, beneficiando a região Norte da cidade, especialmente áreas com dificuldades de abastecimento.
Anunciou que a obra da ETA 5 está prevista para ser concluída em abril do próximo ano, com esforços sendo feitos para regularizar a documentação necessária junto aos órgãos ambientais.
Afirmou que a ETA 3 tem potencial para aumentar a produção de água potabilizada, mas a região do Garcia não consome todo esse volume, o que levou à necessidade de pressurização da água na rede para melhor distribuição, fortalecendo o abastecimento na região norte. Outra ação tomada foi dobrar a capacidade de captação de água bruta na ETA 2. São aproximadamente 700 litros de água por segundo, potabilizados e distribuídos para a região Norte e Oeste da cidade.
Falou que foram realizados investimentos significativos para mitigar a falta de água, incluindo a aquisição de novas comportas para a ETA 3, que aumentarão a capacidade de distribuição de água. Frisou que a gestão focou na contratação de três grandes reservatórios para melhorar o abastecimento de água em diferentes regiões da cidade. Lembrou da instalação de boosters para aumentar a pressão e a distribuição de água potabilizada, com 35 já em operação e mais cinco a serem instalados. Disse que o Samae, após os investimentos realizados, teve um incremento na arrecadação, totalizando quase R$ 105 milhões disponíveis para serem aplicados na manutenção da estrutura e contratação de melhorias.
Também ressaltou a contratação de um escritório de advocacia e citou medidas de compliance que foram implementadas para garantir a segurança jurídica e evitar corrupção nas operações do Samae.
Questionamento dos vereadores
Em seguida, o diretor-presidente do Samae respondeu perguntas dos vereadores sobre andamento das obras da ETA 5, ações feitas em gestões anteriores da autarquia e ainda uma projeção de atendimento populacional com os novos investimentos em infraestrutura de água, entre outras questões.
Espezim disse que o Samae está investindo R$ 43 milhões em uma nova captação de água bruta aos fundos da Associação do Samae, que deve aumentar em aproximadamente 40% a capacidade atual de captação feita na Usina do Salto. Além disso, apontou que há um investimento de R$ 200 milhões previsto para a ETA 2, que, juntamente com a ETA 5, que estará em funcionamento no primeiro semestre de 2025, garantirá que, nos próximos 30 anos, a população em crescimento será atendida sem a necessidade de construir uma nova estação de tratamento.
Segundo Espezim, esses investimentos também contemplam melhorias na rede de distribuição de água, que é essencial para garantir que a água tratada chegue adequadamente à população. Portanto, a expectativa é que, com a conclusão desses projetos, a infraestrutura de água da cidade será robusta o suficiente para atender a demanda populacional ao longo das próximas três décadas.
Os vereadores ainda fizeram questionamentos e críticas sobre a falta de água e a cobrança indevida, com menção a problemas de vazamentos frequentes e a necessidade de uma tarifa justa que reflita o consumo real.
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