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Obras de drenagem para evitar enchentes no Vale do Itajaí retiram árvores, pneus e até geladeira de dentro de rio

Ação do Estado iniciou em 11 de maio de 2024

Uma ação das obras de melhoramento fluvial no rio Itajaí-Açu, que foram iniciadas em  11 de maio de 2024, para evitar enchentes na região, tirou todo tipo de lixo, incluindo pedras, areia, árvores, pneus e até aparelhos eletrônicos, como geladeira e televisão, do leito do rio Itajaí-Açu, conforme divulgado nesta semana.

Tudo que foi recolhido deve ser transportado para um bote espera ou para o “Bota Fora”, espécie de porto nas beiras do rio. Esta fase do projeto prevê 8,2 km de desassoreamento, melhoramento das margens com retaludamento e a recomposição da mata ciliar. O investimento total do Governo catarinense para o serviço será de R$ 16,2 milhões.

As obras devem durar até os próximos seis meses, e utilizando quatro equipamentos de trabalho nas águas, cada um deles com uma retroescavadeira hidráulica, a plataforma, um rebocador e uma balsa contêiner. Cada balsa comporta aproximadamente 80 metros cúbicos do material a ser retirado: pedra, areia, madeira, árvores e, eventualmente, lixo.

Foto: Leo Munhoz / Secom

Drenagem diferente para evitar enchentes

O secretário de Estado da Proteção e Defesa Civil, coronel Fabiano de Souza, explica que, ao contrário do senso comum, esse tipo de serviço não pode ser feito com dragagem de sucção, como visto em praias, por exemplo.

“Para um trabalho efetivo em leito de rio, principalmente que sofreu com inundações, inevitavelmente quando falássemos de desassoreamento, uma draga por sucção, não faria o serviço completo e sem dúvida nenhuma teria ainda muito problema com o equipamento. O correto é utilizar uma retroescavadeira hidráulica, porque ela precisa fazer a remoção não apenas de areia, mas solo e materiais sólidos”, explica o secretário.

Além de estarem preparados para encontrar todo tipo de material dentro do rio, os equipamentos também podem se adequar à profundidade das águas. Em certos locais, a distância da superfície até o fundo varia entre três metros e apenas 40 centímetros.

“A gente optou por tamanhos diferentes em função da profundidade do rio. Tem lugares que ele é mais profundo então precisa de uma lança um pouco maior e a escavadeira tem um porte maior e o peso dela também é maior. Com isso, a plataforma precisa ser maior e isso dificulta em alguns lugares a navegação. Então a gente tem uma menor, que é a de início, para ela poder navegar nos lugares mais rasos e fazer a primeira abertura e principalmente trabalhar perto do talude do rio, onde fica mais fácil. Já a outra, maior, vai na parte mais funda do rio e faz uma escavação melhor”, explicou o engenheiro responsável pelos trabalhos, Denílson Sardá.

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