Onze pessoas denunciadas pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) por tráfico de drogas em seis municípios do Alto Vale do Itajaí foram condenadas em Ibirama. O esquema era comandado a partir de uma boate e casa de prostituição em Apiúna. As penas entre os envolvidos variam de 5 a 22 anos de prisão.
O esquema era formado principalmente por familiares do líder do grupo. A boate era gerenciada, pela irmã e pelo pai do chefe do grupo. A distribuição das drogas ocorria em Rio do Sul, Ibirama, Presidente Getúlio, Lontras e Taió.
A mãe e a tia do chefe auxiliavam na estocagem de drogas para o grupo em Penha. Um outro integrante era responsável por informar aos superiores as movimentações de usuários de drogas e da polícia, pelo transporte das drogas de Penha a Apiúna, bem como pelo mapeamento de novos pontos para exploração do tráfico.
Um integrante do grupo trazia as drogas de Penha até Apiúna, para a boate e para as casas do irmão do chefe e de outra integrante. Todo o grupo fazia a venda direta aos usuários, atividade que contava com apoio, ainda que esporádico, de mais duas pessoas
A investigação foi feita pela 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Ibirama, em conjunto com a Polícia Militar do Estado de Santa Catarina (13º BPM – Rio do Sul/SC). O cumprimento de mandados de prisão e de busca e apreensão forma requeridos pelo Ministério Público e efetivados pela Polícia Militar na Operação Sob Nova Direção, realizada em novembro de 2018 com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO).
O homem que comandava o grupo recebeu a maior pena, de 22 anos e dois meses de reclusão mais dois anos de prisão.
A companheira foi condenada a 20 anos e oito meses de reclusão mais dois anos e quatro meses de detenção.
A irmã e o pai do líder, que gerenciavam a boate, foram condenados, respectivamente, a 14 anos de reclusão e a 12 anos e 10 meses de reclusão mais um ano de detenção.
A mãe foi condenada a 14 anos de prisão mais um ano de detenção.
A tia foi condenada a 12 anos e dez meses de reclusão.
O irmão foi condenado a nove anos e um mês de prisão.
Um integrante recebeu pena de cinco anos e seis meses de reclusão por associação para o tráfico de drogas. O outro, foi condenado a nove anos de reclusão. A integrante que recebia as drogas em casa foi condenada a 11 meses de reclusão.
As pessoas que apoiavam a venda das droga foram condenadas a sete anos e 11 meses e a cinco anos e 10 meses de reclusão.
As principais sentenças estavam entre tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas, posse ilegal de arma de fogo, organização criminosa e exploração de casa de prostituição.
A sentença condenando o grupo de criminosos foi proferida pelo Juízo da 2ª Vara da Comarca de Ibirama no dia 26 de janeiro. Além das penas de prisão, os envolvidos deverão pagar multas que somam cerca de R$ 600 mil.
Nove dos réus, presos preventivamente ainda na fase de investigação, não poderão apelar da sentença em liberdade.
Os nomes não foram divulgados pelo processo estar sob segredo de justiça.
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