Operação investiga esquema de pagamentos ilegais de horas extras na Prefeitura de Blumenau

Operação apreendeu mais de R$ 200 mil nesta quinta-feira, 10

Um possível esquema ilegal de pagamentos de horas extras para funcionários da Prefeitura de Blumenau está sendo investigado pela Polícia Civil do município, por meio da 4ª Delegacia Especializada no Combate à Corrupção, com apoio da Decor-Deic, DP de Gaspar, DPcami de Blumenau, e 1ª DP de Blumenau.

A operação denominada de “Soldo Inflado”, foi deflagrada nesta quinta-feira, 10, e apreendeu cerca de R$ 202 mil. Além disso, foram cumpridos mandados de busca e apreensão no endereços de suspeitos envolvidos no possível esquema.

De acordo com o delegado Lucas de Almeida, responsável pelas investigações, foi constatado que houve diversos pagamentos de sobreaviso e horas extras nos meses de pandemia – onde grande parte dos funcionários estavam em home-office.

Investigou-se a notícia de que pagamentos do sobreaviso eram pagos em período acima do permitido legalmente, inclusive em meses de férias, e de que parte dos valores pagos a alguns funcionários eram dados a um ex-diretor para financiar ilegalmente a sua campanha eleitoral“, explicou.

O nome do diretor, o número de funcionários e os valores envolvidos no possível esquema não foram divulgados pela Polícia Civil. “Eu não posso dar nomes de investigados”, afirmou o delegado.

O que diz a Prefeitura de Blumenau

Por meio de nota, a Prefeitura esclarece que o caso está relacionado ao Samae, que por ser uma autarquia, tem autonomia para tomar decisões em casos como esse. Uma sindicância interna foi aberta.

Confira nota na íntegra: 

O Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) esclarece que tomou conhecimento pela imprensa da investigação realizada pela Polícia Civil na manhã desta quinta-feira, dia 10.

Diante dos fatos, o prefeito Mário Hildebrandt determinou à Controladoria Geral do Município e Transparência a imediata instauração de uma auditoria na autarquia. O processo visa avaliar se os procedimentos adotados estão em conformidade.

Paralelamente, o presidente do Samae, Michael Schneider, informou que vai solicitar a abertura de uma sindicância para apurar os fatos. Vale ressaltar que o Samae possui autonomia administrativa e financeira para realização das atividades institucionais de saneamento básico.

Schneider também vai solicitar à Polícia Civil o inquérito instaurado para ter ciência dos detalhes da apuração, visando auxiliar na auditoria. Os servidores citados na operação serão afastados das funções até o fim das investigações.

 

*Texto atualizado às 12h48 para inclusão da nota emitida pela Prefeitura. 


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