Operação Limpeza Geral: saiba quem são os cinco presos em Blumenau
Samae está sendo investigado
Os nomes dos presos na Operação Limpeza Geral, que investiga suspeitas de corrupção dentro do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto de Blumenau (Samae), foram revelados. Além da prisão deles, o diretor-presidente da autarquia, Michael Schneider, foi afastado de suas funções ainda pela manhã.
Gerson Albino Pelepe é agente de manutenção e servidor efetivo da autarquia. Já os outros quatro presos, Dilton Grassmann, Alan Vandré Grassmann, Joel Vronski e Giovana Vronski, são empresários. A ligação deles com o caso seria através da contratação de roçada e limpeza.
Entenda o caso
A Operação Limpeza Geral foi deflagrada para desmantelar uma organização criminosa especializada em fraudes à licitação e desvio de dinheiro público em prejuízo do Samae de Blumenau. A investigação iniciou por conta de uma denúncia do Ministério Público.
Fraude e superfaturamento
Em março de 2021, o Samae de Blumenau realizou licitação para contratar empresa especializada em roçada e limpeza geral de áreas externas dos seus imóveis.
A investigação aponta que houve fraude ao caráter competitivo da licitação, sendo que três empresas em conluio impediram a plena participação dos demais concorrentes, bem como direcionaram o procedimento para a empresa vencedora.
Após vencida a licitação, essa empresa superfaturou os serviços de roçada e limpeza geral, informando metragens que chegaram a superar até o triplo do tamanho do imóvel, que segundo a Polícia Civil é o caso do “Reservatório Araranguá”, no bairro Garcia.
O superfaturamento foi confirmado a partir de setembro, quando a empresa tinha um faturamento mensal de R$ 130 a 220 mil.
Afastamento do diretor-presidente
O diretor-presidente do Samae, Michael Schneider, foi afastado do cargo. A decisão se deu por ele ter sido a pessoa responsável por nomear o fiscal de contrato. De acordo com a Polícia Civil, não há nenhuma prova de que Michael teve envolvimento ou conhecimento sobre o ato criminoso. Porém, de acordo com a PC, a saída temporária dele é fundamental para que o Samae rompa o contrato com a empresa.
A Justiça deferiu o afastamento dele do cargo enquanto perdurar a investigação.
Conforme a Polícia Civil, o responsável por expedir a ordem de serviço também foi afastado.
Destino do dinheiro
Até onde a Polícia Civil tem conhecimento, o destino do dinheiro não possui questão eleitoral, era usado para abastecer o patrimônio dos próprios empresários. Porém, a operação ainda investiga se outras pessoas também recebiam o dinheiro.
Bens sequestrados
A Polícia Civil procedeu com o sequestro de R$ 1,9 milhão em bens. Sendo dois imóveis em Blumenau, e veículos que estavam em posse tanto dos empresários quanto do servidor.
Nota oficial da Prefeitura de Blumenau
Com relação a operação realizada na manhã desta terça-feira, dia 9, pela Polícia Civil, a Prefeitura de Blumenau, por meio do Samae, informa que todas as medidas cabíveis para esclarecer as notícias estão sendo tomadas.
A Prefeitura ainda não recebeu nenhuma informação oficial sobre os fatos investigados. Mesmo sem decisão judicial de afastamento, acata-se o pedido da Polícia Civil de suspensão temporária da função do diretor-presidente do Samae.
Com a suspensão da função do diretor-presidente, o diretor administrativo-financeiro, Henrique Carlini, assume interinamente o comando do Samae. Ainda nesta terça-feira os serviços com a empresa investigada serão suspensos. Além disso, determinou-se um procedimento interno no âmbito do Samae, com apoio da Controladoria do Município, para esclarecer todos os fatos quando estes forem recebidos de forma oficial.
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