“Os mercados não vão aceitar em hipótese alguma produtos que estejam danificados”

Presidente da Associação Catarinense de Supermercados (Acats) falou sobre a situação de abastecimento

 

Os supermercados sentiram logo os efeitos da greve dos caminhoneiros. Em poucos dias os estoques de alimentos perecíveis tinham fim, e a procura se acentuava. Terminadas as manifestações, a expectativa é que a partir de segunda-feira os moradores comecem a ver gôndolas mais cheias. No entanto, a qualidade desses produtos que estão chegando aos mercados preocupa.

O presidente de Associação Catarinense de Supermercados (Acats), Paulo Cesar Lopes, garantiu que os supermercadistas sabem da responsabilidade pública que têm e não vão vender produtos em más condições, até porque a sua credibilidade estará em jogo. O mesmo, segundo Lopes, se aplica aos fornecedores dos mercados.

Lopes argumenta que todos os caminhões que estavam levando produtos frios eram frigoríficos. Conta, inclusive, que um dos associados levou diesel diariamente ao ponto de manifestação para manter o caminhão na temperatura correta, a fim de não perder a carga.

“O caminhão frigorífico é o mesmo que uma câmara fria estando no estabelecimento”, justifica.

Situação de abastecimento

Para que os estoques voltem a estar 100% abastecidos, espera-se que dez dias seja o suficiente. Lopes informou que os alimentos que ainda não foram totalmente repostos são, sobretudo, legumes e carnes. Segundo o presidente estes setores demoram um pouco mais para serem restabelecidos porque dependem do produtor, e não podem ser estocados por muito tempo.

Desde quarta-feira, quando iniciou a desmobilização dos bloqueios onde os caminhoneiros estavam, automaticamente os supermercados começaram uma força-tarefa para o reabastecimento. Este trabalho envolveu, inclusive, caminhões privados para deslocar cargas dos centros de distribuição às lojas.

Preços abusivos

De acordo com Lopes, no início da greve a Acats enviou uma orientação para todos os associados solicitando que não praticassem preços abusivos e não aceitassem preços maiores dos seus fornecedores.

“É preferível deixar o produto faltar e explicar para o consumidor o motivo”, afirma.

Para o consumidor final, Lopes aconselha que sempre pesquise bem os preços antes de comprar e saiba acionar os órgãos de defesa do consumidor quando em desacordo.

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