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“Ou era minha família, ou era ele”: o que disse o réu que matou vendedor de paçoca em Blumenau durante julgamento

Júri acontece nesta quarta-feira

Na manhã desta quarta-feira, 26, iniciou o júri de Gleidson Tiago da Cruz, acusado de assassinar a facadas o vendedor de paçocas Giovane Ferreira da Silva de Oliveira, de 29 anos, em frente de um supermercado de Blumenau. O crime ocorreu em 3 de novembro de 2023.

O júri popular iniciou por volta das 9h, na Comarca de Blumenau. Nele estiveram presentes sete jurados, sendo seis mulheres e um homem. Além disso, também contou com duas advogadas assistentes de acusação, Maria Eduarda Hass Coutinho e Maria Cecília Seraphim, e três promotores, Carlos Alberto Galdino, Thayse Goedert Pauli e Marina Saade Laux. Além do advogado de defesa Rodolfo Warmeling, que também conta com o apoio dos advogados Luis Felipe Obregon e Vanieli Fachini.

Durante o julgamento foram ouvidas três testemunhas, uma delas a esposa de Gleidson, acusado de assassinar a facadas o vendedor de paçocas.

Marlos Glatz/O Município Blumenau

Depoimento do acusado de matar o vendedor de paçocas

Nos últimos momentos do julgamento, antes da pausa que aconteceu por volta das 11h45, o acusado Gleidson prestou depoimento. Ele iniciou relatando sobre como foi o dia, contando detalhes do que motivou a ação. “Eu estava com carrinho de levar compras em um braço, e minha filha em outro. Não lembro como ele [Giovane] me abordou, se me chamou ou me tocou, mas ele me ofereceu algo e eu recusei, e continuei andando”.

Ainda conforme o relato, o vendedor de paçocas continuou insistindo para comprar o produto diversas vezes. “Eu não costumo comprar de pessoas assim, então continuei andando, mas ele continuava insistindo. Ele foi aumentando o tom de voz, mas eu neguei. Estava esperando para atravessar a rua, quando ele estendeu a mão, e minha filha me abraçou, com medo”.

Em seguida, ele foi perguntado se reagiu, e o acusado afirmou que usou o carrinho para empurrar o vendedor, mas que não usou agressividade. “Percebi que minha filha estava com medo de ele fazer alguma coisa, e quando eu usei o carrinho para impedir de chegar perto, senti um solavanco, como se ele tivesse dado um tapa no carrinho, então chamei a atenção, mas ele começou falar coisas do tipo ‘sua filha é gostosinha’, e eu fui ficando muito bravo. Mas como o sinal abriu, eu atravessei, tentando me afastar”.

Marlos Glatz/O Município Blumenau

O acusado ainda afirmou que o vendedor sabia muitas informações pessoais de sua vida, como onde ele morava, onde a esposa trabalhava, e também estava fazendo ameças de morte contra a família do réu.

“Eu fui para casa, resolvi algumas coisas, e em seguida voltei para o supermercado. Quando estava chegando, vi ele mexendo em uma mochila”.

Perguntado sobre sua reação no momento que viu Giovane, o réu diz que lembrou de todos os acontecimentos e ameaças citados. “Não soube reagir de outra forma. Ou era minha família, ou era ele. Então minha reação foi defender a minha família”, complementou Gleidson.

O acusado também comentou que deixou a filha mais afastada do local do crime e que não lembra quantas facadas foram desferidas.

Por fim, Gleidson pediu perdão pelo assassinato.

*Colaborou Iáscara Zultanski.

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