Para onde vai o dinheiro que sobra da Oktoberfest Blumenau

Prefeitura investe em turismo, eventos comunitários, melhorias em áreas de lazer e ações contra as drogas

Clio Luconi/Oktoberfest Blumenau

A Oktoberfest Blumenau mudou para melhor. Ficou mais agradável para as famílias, aprimorou a qualidade das atrações, dos pratos e das bebidas e está a cada ano mais colorida e organizada.

Tornou-se mais atrativa para empresas patrocinadoras ou que desejam explorar pontos de venda, entrou no radar de marcas nacionais e deixou para trás a relação direta e exclusiva com o chope. Resultado: foi abraçada definitivamente pelo blumenauense e tornou-se um bom negócio para a comunidade.

A mudança no perfil de público é nítida nos números da pesquisa de satisfação feita durante o evento. Por exemplo: a maioria dos entrevistados era de casais.

Nos últimos anos, as receitas da Oktoberfest Blumenau cresceram em um ritmo bem superior às despesas. Isso gerou uma sobra financeira, que hoje beneficia a cidade durante o ano inteiro. Somente em 2018, ao final da 35ª edição, sobraram R$ 4,8 milhões.

Investimentos

O sucesso da Oktoberfest gera dinheiro para fomentar o turismo, o lazer e ações de responsabilidade social. Por exemplo: a festa de Révillon na avenida Beira-Rio, que reuniu cerca de 60 mil pessoas, foi custeada pelo resultado financeiro da Oktober. Confira outros investimentos feitos.

Responsabilidade social

Uma das principais novidades da 35ª Oktoberfest foi o engajamento efetivo em ações de responsabilidade social. O evento que era conhecido como festa do chope hoje investe meio milhão de reais em ações de combate à dependência química.

Isso foi possível de duas maneiras. Primeiro, 1% da receita bruta com a venda de chope nos setores da Vila Germânica foi doada ao Fundo Municipal para Ações de Políticas Públicas sobre Drogas (Fremad). Depois, o dinheiro que os visitantes deixaram no Oktober Karte após o fim do evento teve o mesmo fim.

O Fremad é administrado pelo Conselho Municipal de Políticas Públicas Sobre Drogas, composto por representantes do município, do estado e de entidades não-governamentais. Com transparência, os recursos do fundo são aplicados em projetos de impacto social que abordam o problema da drogadição.