Paralisação dos ônibus gera congestionamentos no trânsito de Blumenau
Com mais carros nas ruas, blumenauense teve dificuldade para sair dos bairros
Mesmo quem não usa ônibus em Blumenau está sentindo os reflexos da paralisação do transporte coletivo nesta quarta-feira, 5. Sem o serviço público entre 4h e 7h da manhã, há mais carros nas ruas. Resultado: congestionamentos.
Filas se formam nas principais saídas dos bairros. No Garcia, por exemplo, há lentidão tanto na rua Amazonas quanto na Hermann Huscher. O mesmo ocorre na região Norte e na região da Velha. A maior dificuldade é chegar até o Centro.
Pelo aplicativo Waze, é possível visualizar o tamanho do problema. Os trechos em vermelho mostram onde há pontos de retenção do trânsito.
Negociação
Conforme o Sindetranscol, o último encontro com a empresa, nesta terça-feira, durou três minutos. Sem acordo, os representantes seguiram para os terminais para conversar com a categoria sobre as próximas ações da campanha salarial. Às 10h a direção do sindicato vai receber a imprensa para falar sobre a negociação.
Em nota, a Blumob afirmou que o Sindetranscol proibiu motoristas de sair das garagens e terminais.
“As ações foram feitas na garagem da empresa e nos terminais, onde a frota estava pronta para partida, surpreendendo inclusive os funcionários em suas escalas”, diz o texto.
Segundo a empresa, será encaminhado ao Tribunal Regional do Trabalho um pedido de dissídio coletivo, que é quando a Justiça intervém na negociação.
“A tarifa do transporte coletivo é um peso no orçamento de qualquer cidadão. Cada centavo aumentado no salário de quem quer que seja, vai impactar na tarifa. Tem que ver se a população está disposta a pagar isso”, afirmou o diretor-presidente do Seterb, Marcelo Schrubbe.
O que foi proposto
– Manutenção da atual convenção coletiva de trabalho
– Manutenção e melhoria na redação da cláusula de garantia da não aplicação da reforma trabalhista
– Uma folga casada por mês
– Reposição da inflação do período de 1º de novembro de 2017 a 31 de outubro de 2018 (4%)
– Reajuste no vale alimentação de R$ 730 para R$ 760 nos oito primeiros meses e R$ 800 nos quatro últimos – o sindicato pede R$ 820
O impasse
– Além das cláusulas acima, motoristas e cobradores exigem 5% de aumento real nos salários