Atualização – 08/07: anteriormente, a coluna afirmava que a nota de repúdio foi assinada por pastores da Assembleia de Deus. Porém, o documento foi produzido e assinado por representantes e pastores de diversas igrejas evangélicas da cidade, que fazem parte da Omeblu, incluindo, mas não sendo exclusivamente, da Assembleia de Deus. O texto está atualizado.
A Ordem dos Ministros Evangélicos de Blumenau (Omeblu) emitiu uma nota nesta quinta-feira, 7, para repudiar a exclusão da leitura bíblica nas sessões da Câmara de Vereadores. O texto, assinado por 26 representantes de congregações da cidade, aponta “perplexidade” pela decisão do Tribunal de Justiça de SC (TJ-SC), que considerou a prática inconstitucional.
A sentença veio após Ação do Ministério Público de SC, apontando que o destaque da bíblia em detrimento da propagação de outras religiões feria o princípio de “estado laico”. No TJ-SC, o entendimento foi unânime entre os mais de 20 desembargadores, e a Câmara não recorreu.
Aliás, a decisão do jurídico da Câmara em não recorrer também foi criticada pelos pastores, que consideraram uma “omissão jamais vista na Casa, fazendo pouco caso dos cristãos blumenauenses”.
“É necessário que isso seja repudiado, pois nós cristãos blumenauenses sofremos uma violação ao exercício sincero de nossa crença religiosa”, também apontou a nota em outro momento.
A leitura bíblica foi feita pela última vez na Câmara de Blumenau no dia 23 de julho. Como a diretoria jurídica foi notificada do trânsito em julgado da decisão do TJ-SC, o momento foi excluído das pautas das sessões seguintes, causando revolta dos representantes das igrejas evangélicas da cidade.
Confira a nota publicada: