Patrulha feminina da PM vai atuar no combate à violência doméstica em Blumenau

Equipe fará trabalho preventivo para dar segurança a mulheres que já denunciaram companheiros

A Polícia Militar vai implantar em Blumenau a Rede Catarina de Proteção à Mulher. O programa foi lançado nesta segunda-feira e já começa a atuar na prevenção de casos de violência doméstica.

Uma patrulha específica, formada por policiais femininas, será responsável por dar acompanhamento aos casos em que mulheres denunciaram os companheiros. No vídeo abaixo, a tenente Karla Medeiros explica como o serviço será prestado:

“A partir das ocorrências que nós já atendemos relativas à violência doméstica e familiar, nós iremos confeccionar um roteiro de visitas periódicas a essas mulheres, com o intuito de dar um acompanhamento qualificado”, descreve Karla.

Para a policial, é importante que a mulher vítima de violência seja atendida por policiais mulheres: “Ela se sente muito mais confiante em narrar a sua história, o seu caso de violência”.

Aplicativo

Conforme a Polícia Militar, um próximo passo da instalação da Rede Catarina de Proteção à Mulher será a um aplicativo para facilitar as denúncias por parte das vítimas. O app terá um “botão de pânico”, assim a mulher poderá acionar a polícia sem precisar telefonar. O chamado será direcionado automaticamente para a viatura mais próxima.

Números

Somente neste ano a Polícia Militar registrou 269 ocorrências de violência contra a mulher, 114 a mais do que no ano passado. Cerca de 80 mulheres vítimas de violência são atendidas no PAEF – o Serviço de Proteção Especializado a Famílias e Indivíduos. Segundo dados da Polícia civil, em 2017 também já foram registrados quatro feminicídios.

A última vítima foi Roseli Caldas Costa, de 44 anos, que morreu após ter o corpo queimado pelo marido. Carlos Costa, de 47 anos, não aceitava a separação. Segundo testemunhas, ele jogou gasolina e ateou fogo na ex-mulher e no filho mais novo de 11 anos, que ainda está internado em estado grave. A filha mais velha do casal conta que Roseli havia feito cinco Boletins de Ocorrência e conseguido uma ação judicial para afastá-lo da casa. Medidas que não foram suficientes para evitar a tragédia.

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