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Pesquisadoras da Furb desenvolvem composto que reduz colesterol e tem efeitos antidepressivos a partir de planta da região

Com a patente concedida, a tecnologia pode ser utilizada por empresas para o desenvolvimento de tratamentos

Estudos feitos em laboratório pelas pesquisadoras Ana Lúcia Bertarello Zeni e Ana Paula Dalmagro, do Centro de Ciências Exatas e Naturais da FURB, demonstraram que as folhas de amoreira-preta (Morus nigra) apresentam importantes efeitos farmacológicos, a exemplo de efeitos antidepressivos e neuroprotetores, além da diminuição do colesterol ruim.

Pesquisa toda realizada pela FURB

Não apenas o composto obtido através da planta, mas também a tecnologia para sua extração foram desenvolvidas na FURB pelas cientistas e agora o projeto se encontra disponível para licenciamento.

A pesquisa pré-clínica possibilita uma abertura de caminho para que novos estudos surjam a partir dessa tecnologia e os benéficos constatados sejam aplicados futuramente em tratamentos e estratégias de saúde. E, além disso, a partir dessa tecnologia é possível obter produtos naturais que possam ser utilizados como nutracêuticos ou fitoterápicos.

“Toda a vez que a gente fala de produtos naturais, as pessoas têm uma falsa compreensão de que não faz mal, porém podem sim fazer mal. Então fomos bem criteriosas no estudo para entender o que o extrato da planta tinha e a forma de preparo do extrato, e feito isso, conseguimos extrair os metabólitos secundários. Ou seja, nós sentamos, pensamos, organizamos os métodos para saber efetivamente como os compostos poderiam contribuir”, explicou Ana Paula Dalmagro.

Os principais benefícios e características da invenção, com patente concedida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), são a redução do mau colesterol, a rápida resposta ao tratamento da depressão, e a neuroproteção com performance igual ou superior a fármacos padrão-ouro, demonstrando, assim, um grande potencial farmacológico. E com a patente concedida, a tecnologia pode ser utilizada por empresas para o desenvolvimento de tratamentos.

“Pode se tornar um bem de consumo importante para a sociedade em relação à saúde. Então nós estamos contribuindo para a sociedade. Fizemos a aplicação da pesquisa, patenteamos, e agora falta essa transferência da tecnologia para completar o processo”, afirmou Ana Lúcia Bertarello Zeni, doutora em Neurociências.

Esta patente integra a Vitrine Tecnológica da Agit, que conta com dezenas de tecnologias disponíveis para licenciamento. Interessados na ideia, podem entrar em contato com a Agência de Inovação Tecnológica da FURB através do telefone (47) 3321-0605, e do e-mail agit@furb.br.

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