Na semana passada, em evento do PT em Florianópolis, o pré-candidato a governador Décio Lima anunciou a visita de Lula (PT) e Alckmin (PSB) a Santa Catarina nesta semana. Depois disso, começaram a surgir boatos de que o PSB catarinense estava tentando adiar a chegada dos pré-candidatos nacionais, para que ela ocorresse apenas após a definição de quem será o candidato da frente de esquerda no estado. Algo que o PT catarinense discordava.
No entendimento dos líderes do PSB no estado, a vinda antecipada do ex-presidente do Brasil neste momento, seria um palanque político para Décio. Entretanto, o PSB ainda tem Dário Berger como pré-candidato a governador e espera convencer os demais partidos do grupo.
Com a falta de acordo em SC, restou ao PSB catarinense buscar junto aos líderes nacionais do partido esse adiamento – o que conseguiram. Na noite desta segunda-feira, 30, Décio Lima anunciou que a visita de Lula estava adiada e sem uma nova data prevista, devido a problemas “logísticos”.
Toda essa situação serviu para comprovar as primeiras divergências entre PT e PSB na definição de quem será o candidato da esquerda catarinense. Décio tem apoio da maior parte do grupo e a carta de ser amigo pessoal de Lula, além de parceiro de partido há muitos anos. E são essas as cartas que ele vem usando para garantir sua candidatura em 2022.
“O Lula é o nosso palanque, nós não somos palanque para o Lula. Então o grande desafio nosso é colar no Lula e o sentimento é que quem cola é quem tem identidade mais firme com ele”, disse Décio há algumas semanas à coluna.
Porém, o ex-petista e agora presidente do PSB em SC, Cláudio Vignatti – que na época de partido dos trabalhadores já tinha divergências com Décio – demonstra não se dar por vencido e, internamente, ainda busca lançar Dário. Nem que precise, como feito nesta semana, buscar apoio e intervenções a nível nacional.
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