O deputado estadual Ivan Naatz (PL) protocolou junto ao presidente do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC), um pedido para suspensão do julgamento de impeachment do governador Carlos Moisés (PSL), marcado para sexta-feira, 7.
O pedido se deu após a reunião realizada pelo Conselho Superior do Ministério Público de Santa Catarina, nesta terça-feira, 4, que discutia o arquivamento ou a continuidade das investigações contra Moisés.
Na oportunidade, a procuradora Lenir Roslindo Piffer, relatora do processo, votou pelo prosseguimento, contrariando a decisão assinada pelo procurador geral, Fernando Comin. A definição ainda precisava de mais três votos, porém, foi adiada para dia 18, devido a um pedido de vistas de outros dois procuradores.
Com a indefinição e expectativa de um posicionamento oficial apenas no dia 18, ou seja, após o julgamento de impeachment ter ocorrido, Naatz fez o pedido afirmando que quer “evitar decisões conflitantes e garantir o princípio constitucional da segurança jurídica”.
Naatz foi quem propôs e também o relator da CPI dos respiradores, a motivação para o início do processo de impeachment. Desta forma, ele não esconde a opinião de que Moisés tem responsabilidade na compra dos respiradores da Veigamed por R$ 33 milhões.
Assim como Laércio Schuster (PSB), ele é mais um deputado estadual da região a favor da saída de Moisés do governo, seja pelo impeachment, ou renúncia.
Durante sua fala na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) nesta quarta-feira, 5, o deputado afirmou que a renúncia do governador afastado seria um “gesto de responsabilidade” e o “melhor para o estado voltar a normalidade e desenvolvimento”.
Ele disse ainda que, caso o julgamento seja realizado nesta sexta e o governador volte ao cargo, os deputados que votarem a favor do retorno “terão que botar a cara e explicar quem roubou os R$ 33 milhões e quem permitiu que isso acontecesse sem que ninguém fosse pra cadeira ou afastado”.