Justiça julga improcedentes denúncias que queriam impugnação do presidente da Câmara de Blumenau
A Justiça Eleitoral de Blumenau julgou improcedentes as ações protocoladas pelo Ministério Público e partido Novo, para impugnar o mandado eleitoral do presidente da Câmara de Vereadores, Egídio Beckhauser (Republicanos). De acordo com o Juiz Eleitoral, Emanuel Schenkel do Amaral e Silva, as alegações apresentadas não comprovaram fraude.
As duas ações eram direcionadas contra o Republicanos, o presidente Egídio Beckhauser e as candidatas Josiane Perpetua Lami e Julyana Elayne da Cunha. Tanto o MP-SC quanto o Novo alegaram que houve fraude eleitoral na chapa, apontando que a candidatura das duas mulheres aconteceu apenas para garantir o percentual feminino no pleito.
Segundo eles, Josiane e Julyana não fizeram campanha, obtiveram poucos votos e não tiveram gastos durante a eleição. O processo correu em segredo de Justiça, mas a coluna teve acesso a decisão judicial.
Na defesa, Republicanos e Beckhauser apontaram que eram inverídicas as acusações, afirmando que houve gastos com propaganda, mas que ambas tiveram problemas de cunho pessoal envolvendo a pandemia e saúde de familiares, o que as impediu de ter um melhor desempenho nas eleições.
“Por fim, não custa ressaltar que é muito tormentosa a questão de arbitrar-se como a campanha eleitoral deve ser feita ou conduzida, e o que seria esse desinteresse total ou mesmo o insucesso a autorizar a intensa conclusão de que, desde o início, tratava-se de uma simulação engenhada para ludibriar a Justiça Eleitoral, ainda mais em tempos de pandemia. Portanto, diante de quadro atípico, somado as ponderações acima, não vejo dolo a justificar a acusação deliberada de fraude”, apontou o Juiz na decisão, que cabe recurso.
Duas tentativas falhas
Essa foi a segunda ação do Partido Novo para impugnar o mandato de vereadores eleitos em Blumenau, que teve o mesmo resultado: improcedência. A primeira tratou da campanha do PL e o vereador Ito de Souza, e também denunciou possíveis irregularidades na candidatura de mulheres.
Essa decisão saiu mais cedo, já no mês passado. Na época, o vereador comemorou a vitória na Justiça e soltou o verbo durante a sessão da Câmara de Vereadores, até chamando o Novo de “partidinho”.
Pela repercussão, o único vereador eleito pelo Novo, Emmanuel Tuca, emitiu uma nota à coluna Poder Blumenau, contra-atacando e fazendo comparações em relação as campanhas do seu partido e do PL.
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