O deputado estadual, Ivan Naatz (PL) se pronunciou nesta terça-feira, 23, sobre o parecer da Procuradoria da Câmara de Blumenau, em rejeitar o pedido para abertura de uma CPI para investigar a compra do terreno para sede própria do legislativo blumenauense. Naatz afirmou não se espantar com o posicionamento e relatou ter entrado com uma Ação Popular na Justiça com a mesma denúncia.
“Eu recebo a decisão da Câmara de Vereadores com muito respeito, mas também com muita naturalidade, porque é uma Câmara que não tem um histórico de fazer investigação, de fazer o trabalho constitucional de investigar o Poder Executivo e de suas ações, ainda mais tratando se de um problema que envolve a própria Câmara. Tanto é que isso vai ser esclarecido judicialmente. Já existe uma ação popular ajuizada para o acompanhamento dos fatos e mais cedo ou mais tarde o Poder Judiciário vai dar uma posição definitiva a respeito da compra deste terreno que a meu ver foi feita com informação privilegiada e valor superfaturado”, escreveu Ivan, em nota oficial.
A ação citada pelo deputado corre na Vara da Fazenda Pública de Blumenau. Dentro do processo, Naatz solicita uma liminar para suspender o contrato de compra da sede e a transferência do imóvel. Em manifestação, o Ministério Público demonstrou contrariedade ao pedido de liminar.
Animosidade
As falas do deputado devem pôr ainda mais fogo no relacionamento com os parlamentares blumenauenses. Nos bastidores corre a informação de que alguns vereadores cogitam fazer uma denúncia de quebra de decoro contra Ivan, por conta das denúncias sem comprovação.
Em entrevista nesta terça, o presidente da Câmara, Almir Vieira (PP) comentou brevemente sobre o tema e disse que a denúncia desrespeita os parlamentares.
“O deputado está colocando a fiscalização de 15 vereadores desta casa em jogo. Está colocando o posicionamento de vários profissionais que estão há mais de 20 anos atuando, sem ter nenhuma mancha (…) Isso acaba acondicionando nós enquanto políticos, enquanto funcionários, a situação de desrespeito. Hoje ainda estão nos apontando o dedo, colocando como uma condição de bandidos”, comentou Almir Vieira.
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