Duas situações foram destacáveis durante a reunião desta quarta-feira, 29, na CPI que investiga o contrato do transporte coletivo de Blumenau. A primeira envolvendo a saída dos vereadores Gilson de Souza (Patriota) e Diego Nasato (Novo) por terem as participações limitadas – caso já detalhado aqui na coluna.

E a segunda envolveu o nome de Napoleão Bernardes (PSD). O presidente da CPI, Carlos Wagner Alemão (PSL) cogitou e solicitou a convocação do ex-prefeito de Blumenau, responsável por assinar o contrato – na época ainda no PSDB.

Para Alemão, como foi Napoleão que assinou o edital e o contrato, era importante que ele pudesse esclarecer alguns pontos, principalmente aqueles que não foram cumpridos pela Blumob, mas inviabilizaram a participação de outras empresas na licitação.

Entretanto, assim como no caso da limitação de tempo para os demais vereadores, Alemão foi vencido pelos colegas. O relator Alexandre Matias (PSDB) e Marcelo Lanzarin (Podemos) não concordaram com as justificativas e votaram contra a convocação.

Diretor da Agir defende mudança de contrato

O depoimento do diretor da Agir, Henrich Pasold durou cerca de duas horas, mas nada que não fosse já de conhecimento dos vereadores e da comunidade foi apontado. Assim como os demais já ouvidos na CPI, ele comentou que o contrato entre o município e a Blumob deveria ser revisto, levando em consideração as mudanças de cenários.

Lembrou que o contrato – de 20 anos – era de 2,1 milhões de passageiros mês, mas que a projeção agora é de 1,8 milhão de usuários mês, redução que já vinha se desenhando antes da pandemia.

Comentou também sobre os aportes financeiros à Blumob. Henrich defendeu que eles são necessários para a continuidade dos serviços e que eles são previstos em contrato. Destacou ainda a situação financeira da empresa, teve um prejuízo de R$ 12 milhões e que pode alcançar R$ 25 milhões em 2021.


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