Vereador Tuca desiste de pedir fim da obrigatoriedade de cobradores de ônibus em Blumenau
O vereador Emmanuel Tuca (Novo) teve que recuar no projeto que visava flexibilizar a necessidade de cobradores no transporte coletivo de Blumenau. Isso devido a resistência por parte dos outros membros da Câmara de Vereadores.
O projeto apresentado por Tuca no início do mês pelo tinha dois pontos principais: revogar a obrigatoriedade de cobradores, fazendo com que a Blumob escolhesse se queria ou não ter os profissionais, e também acrescentar o modelo de transporte seletivo no município.
O trecho passou discussões com os outros membros da Câmara, inclusive com a participação do vereador Pradelino Moreira da Silva (PT), que é motorista de ônibus e presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo de Blumenau (Sindetranscol).
Nos debates Tuca percebeu que para conseguir a aprovação do projeto teria que recuar nesse quesito, e por isso, em comum acordo com os demais vereadores resolveram retirá-lo, através de emenda apresentada por Almir Vieira (PP).
O projeto continua tramitando no legislativo blumenauense, agora tendo como intenção apenas a autorização para o transporte seletivo. Essa proposta consiste em fazer com que empresas de vans e ônibus possam realizar o transporte na cidade, sem a necessidade de concessão, mas com a permissão do poder público municipal.
Como esse modelo ainda não existe, nesse caso não há obrigatoriedade de cobradores, pois desse modo não haveria demissões.
Mudança na nomenclatura de “cobradores”
Durante a sessão desta terça-feira, 30, enquanto o vereador Pradelino fazia seu discurso, o vereador Gilson de Souza pediu um aparte para elogiar a forma como o sindicato lidou com a discussão do projeto de Tuca, e também cogitar uma mudança na forma que são chamados hoje os “cobradores”.
Segundo Gilson, esses profissionais fazem mais do que cobrar, eles auxiliam os motoristas e os passageiros, e por isso poderiam ter a nomenclatura alterada para agentes de transbordo, por exemplo. A fala foi reforçada por Pradelino, que afirmou que já existe a intenção de realizar essa mudança de termo.