O Patriota vem demonstrando que estará num lado mais extremista e principalmente bolsonarista em 2022. Isso foi reforçado com a recente filiação do senador Flávio Bolsonaro e a iminente liderança do partido pelo presidente da república.

Em Santa Catarina, por exemplo, a presidência do partido está sendo negociada pela família Bolsonaro, tendo como um dos principais nomes cotados o advogado Felippi Mello, que é irmão do senador Jorginho Mello. Aliás, a indicação é de Jorginho, pré-candidato ao governo do estado e está fazendo alianças para ser “o candidato” de Jair Bolsonaro em Santa Catarina.

Toda essa movimentação vem incomodando o vereador Gilson de Souza, o mais votado do partido em Santa Catarina. Isso porque segundo ele, não há alinhamento nenhum com o novo perfil do partido.

Gilson afirma que não pedirá pra sair, mas brinca que, na verdade, está até fazendo bolão para saber quando será expulso.

“Como vai fazer o Patriota? Como o vereador mais votado do estado que não tem alinhamento? Vou ficar na minha, fazendo meu trabalho. Se eles se sentirem desconfortáveis podem me expulsar”, afirmou à coluna.

O vereador afirmou ainda que nas campanhas de 2016 e 2020, nunca demonstrou ser um extremista radical e não se elegeu abraçando ou mostrando fotos com o presidente Jair Bolsonaro.

“Tenho alguns questionamentos. Não falo mal dele (Bolsonaro), mas também não apoio cegamente como é a linha extremista (…) Em momento algum eu utilizo desse radicalismo, ou dessa coisa que eles tem aí. E eles sabem disso, o próprio pessoal aqui de Blumenau”.

Candidato em 2022?

Aproveitei a conversa com o vereador e questionei sobre 2022. Gilson afirmou que tem interesse em disputar uma vaga na Alesc, mas que não sabe o caminho ainda, já que esse desequilíbrio com o partido pode atrapalhar.

O professor foi eleito vereador pela primeira vez em 2016, pelo PSD, com 2.615 votos. Em 2020, ele saiu do partido, alegando também falta de alinhamento. Na época, o problema foi que o deputado Ismael dos Santos assumiu a presidência da executiva municipal, quando Gilson era o mais cotado para a posição.

Ele então filiou-se ao Patriota, que segundo ele, foi o partido que lhe garantiu ter autonomia política e ser independente no mandato. No mesmo ano se reelegeu com 3.311 votos.


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