Polícia aguarda laudos do IML para definir causa da morte de criança de três anos, espancada pelo padrasto
Caso é investigado para saber se a morte do menino aconteceu devido às agressões, o que classificaria o crime em homicídio
A Polícia Civil de Gaspar segue as investigações do caso da criança de três anos que morreu no hospital após ser agredida pelo padrasto, em Gaspar. De acordo com informações do delegado Bruno Fernando, os laudos detalhados dos exames do IML, da causa da morte da criança, ainda não foram encaminhados à polícia.
O inquérito estava a cargo do delegado Raphael Ikawa Lanzeloti, que solicitou os laudos em dezembro, mas em janeiro se mudou para a Central de Polícia de Blumenau. Por conta disso, Fernando, que chegou a Gaspar neste ano, assumiu o inquérito. Segundo ele, os funcionários do IML perderam o e-mail com o pedido dos laudos e por isso não sabiam da solicitação.
“Já pedi urgência para que isso não demore. Essa história é muito triste”, afirmou Fernando. O delegado ainda apontou que a partir do resultado dos exames será possível seguir com as investigações. A polícia tenta descobrir se a morte da criança aconteceu por conta das agressões ou por outro motivo.
Sobre o possível envolvimento da mãe da criança o delegado informou que ainda não dá para confirmar nenhuma informação.
Tortura
O padrasto da criança de três anos já foi denunciado pela 3ª Comarca do Ministério Publico de Gaspar, pelo crime de tortura. O caso já foi aceito pelo juiz da 1ª Vara Criminal da cidade e está em processo.
De acordo com as investigações, não foi a primeira vez que o homem agrediu a criança. Em outras oportunidades o menino já havia sido levado ao hospital por ferimentos de violência.
Nesta última oportunidade, em novembro de 2019, o menino foi levado ao Hospital Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no dia 9, com traumatismo craniano. Em seguida ele foi transferido para o Hospital Santo Antônio, em Blumenau, onde morreu.
Alegações do acusado
O advogado do acusado, Hermes Soethe, informou que até o momento vem trabalhando na defesa da denúncia de tortura. “O que existiu foi um pequeno corretivo por parte do padrasto e da mãe do garoto. Mas nunca e nem de longe tortura. Isso não corresponde a verdade”, afirmou o advogado do acusado, Hermes Soethe.
Em relação à morte da vítima, o advogado afirma que “não existe prova nos autos que ele tenha cometido o homicídio. E esta cada vez mais provado que houve um acidente”, completou.