Polícia Civil descobre quem furtou vacinas contra a gripe em ambulatório de Blumenau
Cerca de 200 doses haviam desaparecido no dia 25 de abril
A Polícia Civil de Blumenau identificou um servidor suspeito de furtar vacinas contra a gripe influenza no Ambulatório Geral da Ponta Aguda, em abril. O homem tem 50 anos e era funcionário público há mais de 10. Cerca de 200 doses haviam desaparecido de uma sala que fica trancada a chave.
Os policiais cumpriram mandados de busca e apreensão na manhã desta sexta-feira, 20. A operação foi batizada com o nome de um dos tipos de influenza, o H1N1. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Lucas Gomes de Almeida, há suspeita de que o mesmo funcionário teria furtado doses da vacina em 2016.
“Fizemos várias diligências, com depoimentos, e chegamos à autoria por parte do nosso alvo”, afirma.
Segundo a polícia, parte do material foi encontrado na casa da pessoa suspeita de desviar as vacinas. Ele estaria vendendo as vacinas por R$ 25. Além das doses, também furtou seringas, agulhas, pomadas e medicamentos. Uma vacina em clínicas particulares de saúde custa em torno de R$ 80, mas no início do inverno facilmente supera os R$ 100.
As condições do local onde estavam armazenadas as doses furtadas evidenciaram o perigo para quem as adquiriu. Dos frascos encontrados, apenas um – já aberto – estava na geladeira. Todos os outros não estavam refrigerados. A maioria das ampolas estavam utilizadas.
A investigação da polícia será encerrada e encaminhada ao Ministério Público. O suspeito será indiciado por peculato, que é quando um funcionário público age criminalmente contra a própria administração. A pena é de 2 a 12 anos.
Por meio de assessoria de comunicação, a prefeitura informou que aguardará ser notificada para dar início a todos os trâmites burocráticos e definir o afastamento ou não do servidor. Segundo o governo, a abordagem aconteceu no período em que ele não estava a serviço.
Vacinas roubadas
Servidores que chegaram para trabalhar no dia 25 de abril deram falta das vacinas no Ambulatório Heinz Schrader. Desde o início a Secretaria Municipal de Saúde suspeitou da participação de funcionários, já que poucas pessoas sabiam como acessar o local sem precisar arrombar a porta.
Uma sindicância administrativa também foi aberta para investigar o caso.