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Polícia investiga agressão a intercambista indiano na Oktoberfest Blumenau

Adolescente teria sido confundido com ladrão e teve fraturas na mão e um machucado no rosto

Um inquérito foi instaurado na Delegacia de Polícia de Proteção à Mulher, à Criança e ao Adolescente para investigar a denúncia de que um estudante vindo da Índia, de 16 anos, teria sido agredido dentro da delegacia móvel montada no Parque Vila Germânica, durante a Oktoberfest.

O jovem chegou a Blumenau há cerca de três meses através do Rotary Club. Ele estuda em um colégio no Centro da cidade e foi no sábado, 20, à Oktoberfest acompanhado da família blumenauense que o acolhe.

Segundo o conselheiro dele no Rotary, Roque Heerdt, o garoto se afastou dos tutores para encontrar outros estrangeiros que estavam na festa. Nesse momento ele teria sido abordado por duas policiais civis, que o teriam confundido com um batedor de carteira.

O adolescente não fala português e, assustado, tentou resistir à abordagem. Na sequência, ele foi levado à delegacia com o auxilio de outros profissionais da segurança. Como o furto não foi confirmado, ele foi liberado. Porém, teria saído de lá com a mão quebrada em dois lugares e com o rosto inchado. O indiano passará por uma cirurgia devido às fraturas.

“Pedimos a investigação para chegar à conclusão sobre o que aconteceu. Elas estavam com o distintivo pequeno e ele não viu que elas eram policiais. Ele contou que foi amarrado com uma fita dentro da delegacia e que foi agredido por pelo menos três pessoas”, relata Heerdt.

Na terça-feira, 23, a família registrou o boletim de ocorrência e o garoto fez exame de corpo de delito. Segundo o delegado regional Egídio Ferrari, o inquérito já foi encaminhado à Corregedoria Geral da Polícia Civil para identificar uma eventual participação de policiais e abuso de autoridade.

O delegado que investigará o caso em Blumenau, David Sarraff, pretende ouvir os envolvidos e testemunhas nas próximas semanas. Naquele sábado, a delegacia era comandada por um profissional que veio de outra cidade para reforçar as equipes de segurança durante o evento.

As imagens devem confirmar se as policiais que abordaram o intercambista são as mesmas que se envolveram em uma confusão com policiais militares naquela noite.

“Elas estavam trabalhando no dia, então existe uma chance de elas terem abordado ele, sim”, disse Sarraff.

O objetivo do delegado é terminar a investigação em um mês.

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