Polícia Civil responsabiliza engenheiro por desmoronamento na Via Expressa

Ele poderá ser processado por negligência após três trabalhadores serem soterrados

Após cerca de cinco meses de investigação, o inquérito envolvendo a morte de três trabalhadores em uma obra da Via Expressa foi concluído. O delegado Juraci Darolt da 2ª Delegacia de Polícia Civil de Blumenau decretou que o engenheiro responsável pela obra é culpado por negligência.

Romero Geraldo da Silva, 28, e Élcio José Padilha, 30, foram encontrados sem vida após passarem, respectivamente, duas e quatro horas soterrados. Ademir José Ferreira, de 41 anos, foi encontrado com vida. Ele morreu mais de um mês depois por conta de complicações do acidente.

Depois de ficarem embargadas por conta da segurança do local, as obras do hotel da bandeira HI!, da rede Intercity, foram retomadas no final de abril. A Intercity, contudo, apenas administra a operação hoteleira, sendo que a responsabilidade pela obra é da Empreendimento Hoteleiro Via Expressa Blumenau SPE LTDA.

As três casas que ficam no topo do morro ficaram interditadas para garantir a segurança dos moradores.

O delegado tomou a decisão após ouvir alguns funcionários da obra, um operador de máquina e Juarês José Aumond, professor da Furb especialista em questões ambientais e desastres. Segundo eles, o engenheiro não ouviu os operários quando eles alertaram sobre os riscos do barranco desabar. Um dos funcionários alegra que ele chegou a adentrar a sapata de 1,8 metros, mesmo tendo sido alertado que havia o risco de um desmoronamento no local.

De acordo com Darolt, o inquérito policial já foi enviado ao Poder Judiciário e agora aguarda a decisão do Ministério Público para saber se o engenheiro será denunciado e processado.

Atualização
O texto foi atualizado às 12h39 do dia 16 de setembro para acrescentar a informação sobre a responsabilidade da obra, que era da Empreendimento Hoteleiro Via Expressa Blumenau SPE LTDA.

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