Polícia conclui que jovem de 16 anos realizou falsa denúncia de estupro em Brusque
Crime teria ocorrido no dia 30 de março
Uma adolescente de 16 anos responderá por falsa comunicação de crime ao confessar para a polícia nesta terça-feira, 27, que inventou ter sido estuprada para justificar uma chegada tardia em casa. O suposto crime que teria ocorrido em Brusque, no dia 30 de março, não passou de uma desculpa para que os pais da jovem não brigassem com ela.
Após intensa investigação, não foi possível estabelecer conexões relacionadas com as justificativas dada pela jovem. Diante de análises nos celulares dos amigos dela, foi confirmada a versão apresentada por eles. De acordo com os amigos, ela estaria acompanhada deles durante todo o momento em que dizia estar sendo estuprada.
Diante dos fatos, a jovem responderá pela falsa comunicação de crime na forma estabelecida pelo ECA.
Detalhes do suposto crime
No dia 30 de março, por volta de 00h30, a Polícia Militar foi acionada para comparecer no Hospital Azambuja, pois uma jovem de 16 anos teria dado entrada no Hospital após ter sido vítima do crime de estupro, sendo que a vítima permaneceu internada e foi liberada no dia seguinte.
No mesmo dia, a Polícia Civil deu início as investigações para a identificação do autor do crime. De acordo com a vítima, ela teria sido raptada nas proximidades de uma escola no bairro Poço Fundo, após sair da aula.
A jovem informou que foi colocada a força dentro de um veículo, e que o motorista a levou para a Rua Ponta Russa, onde teria sido violentada sexualmente. Após, o homem teria abandonado nas Rua Poço Fundo, onde a vítima se dirigiu até a casa de uma amiga e pediu por socorro, informando que teria sido estuprada.
Investigação
De posse das informações repassadas pela vítima, a Polícia Civil passou a analisar diversas imagens de câmeras existentes nos pontos em que o criminoso teria passado com a vítima.
Contudo, em nenhuma das câmeras era possível visualizar um veículo com as características descritas pela vítima, embora houvessem outros semelhantes. Prosseguindo com a investigação, obteve-se a informação de que a adolescente teria ido embora da escola de carona com um amigo, com quem se relacionava, e mais outra colega.
A adolescente passou por avaliação psicológica e confirmou toda a dinâmica do crime.
Identificados, os colegas da suposta vítima confirmaram que estiveram com a adolescente naquela noite, inclusive por todo o período de tempo em que a suposta vítima disse estar sob o poder do criminoso que a teria estuprado.
Diante do exposto, a adolescente foi chamada para prestar esclarecimentos na Delegacia junto de sua mãe, e confessou que inventou a denúncia de estupro porque chegaria tarde em casa e seus pais e avós brigariam com ela.
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