Polícia divulga detalhes do desaparecimento de bebê catarinense localizado em São Paulo
Mulher disse à polícia que teria adotado a criança e estava indo ao fórum regularizar a situação
O casal detido na segunda-feira, 8, em São Paulo, com o menino Nicolas Areias Gaspar, de 2 anos, teve prisão preventiva decretada nesta terça-feira, 9. O menino estava desaparecido desde o dia 30 de abril, quando foi visto pela última vez em Florianópolis.
Após a Polícia Militar de Santa Catarina acionar uma viatura de São Paulo, o casal foi flagrado com o bebê dentro do veículo. O paradeiro de Nicolas foi descoberto pela equipe do Programa SOS Desaparecidos, da Polícia Militar.
Os detalhes do crime
Nesta terça-feira, 9, a Secretaria de Segurança Pública de Santa Catarina divulgou, em entrevista coletiva, os detalhes que envolveram o desaparecimento de Nicolas.
A delegada Sandra Mara Pereira, que preside o inquérito, relatou que o casal pegou a criança e levou para São Paulo. Com a repercussão do desaparecimento do menino, eles decidiram entrar em contato com o Fórum de São Paulo para tentar entregar a criança. No caminho até o Fórum, eles foram abordados e presos. A polícia encontrou com eles a certidão de nascimento do menino e a carteira de vacinação.
De acordo com a delegada, a investigação vai continuar com o objetivo de apurar a participação de outras pessoas suspeitas no crime.
Para a polícia, a mulher disse que teria adotado o menino e iria até o Fórum regularizar a situação. Segundo a investigação, a mãe do menino teria sido aliciada desde a gestação para entregar o filho para a adoção.
A mãe do menino prestou depoimento à polícia nesta terça-feira, após passar um período internada por problemas de saúde. Ela disse que entregou o filho por vontade própria.
A volta para Santa Catarina
O delegado-geral da Polícia Civil, Ulisses Gabriel, explicou que o retorno do menino a Santa Catarina depende de uma decisão do Poder Judiciário de São Paulo, seguindo a legislação do Estatuto da Criança e do Adolescente. Neste momento a criança está sob os cuidados do Conselho Tutelar de São Paulo.