Polícia investiga possível golpe aplicado em Gaspar por empresa de cursos profissionalizantes

Ao menos seis pessoas físicas e uma jurídica entraram em contato com a delegacia

A Polícia Civil de Gaspar está investigando um possível golpe aplicado por uma empresa de cursos profissionalizantes na cidade. Seis pessoas e uma empresa já realizaram o boletim de ocorrência alegando terem sido vitimadas pela “Mais Escola Profissionalizante”.

Um deles é Claudemir, que está juntando outras vítimas para trocarem informações e buscarem ajuda. Ele conta que conheceu a empresa pelas redes sociais em um anúncio de curso para máquinas pesadas com valores que variavam entre R$ 400 a R$ 500.

Como o curso aconteceria no auditório do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Gaspar (Sitrug), Claudemir disse que sentiu segurança para realizar os pagamentos e iniciar as aulas.

Ele chegou a participar de duas aulas teóricas com palestras. Porém, quando chegou o momento do curso prático foi que os problemas começaram.

“O responsável lá passou um endereço que eu não encontrei. Aí, quando liguei pra ele, ele disse que já estava tarde, então iriamos outro dia. No outro dia estava chovendo, aí não podíamos ir e depois ele me bloqueou e sumiu”, contou Claudemir.

O Sitrug lançou uma nota informando que não tinham envolvimento com a empresa e que apenas alugaram o espaço para o curso, acreditando que estavam oferecendo uma oportunidade aos trabalhadores.

Na delegacia, há casos de pessoas que se inscreveram e pagaram a matrícula para um curso de elétrica, também oferecido pela mesma empresa, mas nunca tiveram uma aula sequer. Os valores pagos pelas vítimas ainda estão sendo levantados pela Polícia Civil.

Além disso, um jornal de Gaspar que teria feito a divulgação dos cursos também realizou um boletim de ocorrência, alegando que haviam sido enganados pelos suspeitos.

De acordo com o delegado Bruno Fernando, a empresa tem o registro em Minas Gerais e estaria oferecendo cursos também em cidades da região. A polícia já conseguiu identificar o suspeito que ofereceu as aulas e está buscando mais informações para seguir com o inquérito e buscar uma solução ao caso.

O delegado ressaltou que caso mais alguma pessoa tenha sido vitimada pela empresa, que entre em contato com a delegacia para fazer um boletim de ocorrência.

“Quanto mais vitimas denunciando e ficando a disposição, quanto mais prejuízo, mais fácil fica para conseguir medidas judiciais no futuro”, explica.

Nossa equipe tentou encontrar a empresa citada nas denúncias, assim como o responsável que ofereceu os cursos, porém, até a publicação da reportagem, não houve sucesso.


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