Policial militar é afastado após denúncia de agressão contra aluno negro em escola de Joinville; SSP-SC investiga
Escola registrou um boletim de ocorrência
Por Rafael Moreira
- 09/09/2024
- 14:19
A Secretaria de Estado da Segurança Pública de Santa Catarina (SSP) está investigando uma denúncia de agressão e injúria racial na última quinta-feira, 5, em Joinville. O caso teria ocorrido por um policial militar da reserva contra um adolescente negro, de 16 anos, dentro da Escola Estadual Celso Ramos. O PM, que não teve a identidade divulgada, já foi afastado.
O Movimento Negro Maria Laura publicou uma nota de repúdio nas redes sociais. No texto, é dito que o adolescente e a namorada chegaram atrasados e aguardavam autorização para entrar na sala de aula.
Em um momento, o jovem foi até o banheiro e teria sido perseguido pelo policial, que perguntou o motivo do aluno não estar na sala de aula. Durante a abordagem, teria ocorrido uma discussão entre os dois. O relato aponta que o PM teria dado dois tapas no rosto do adolescente.
Após a agressão, um professor da unidade teria levado o aluno para a direção. A nota do Movimento Negro Maria Laura também comenta que a escola solicitou a retirada do policial que fazia a segurança da unidade e registrou um boletim de ocorrência.
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Procurada pela reportagem do jornal O Município Joinville, a Secretaria de Segurança informou que, junto a Secretaria de Educação, está investigando o ocorrido e que o policial foi temporariamente afastado.
Confira a nota na íntegra:
“A Secretaria de Estado da Segurança Pública de Santa Catarina (SSP-SC) informa que, a respeito do questionamento envolvendo um policial militar da reserva e um aluno em uma escola em Joinville, teve conhecimento do fato no final desta quinta-feira, 05, e adotou as devidas providências para a instauração de procedimento investigativo a fim de apurar o ocorrido. A SSP-SC ressalta que não compactua com esse tipo de situação divergente da técnica doutrinada, em hipótese alguma. O policial foi afastado temporariamente das funções”.
A reportagem também tenta contato com a direção da Escola Estadual Celso Ramos e com a família do aluno envolvido.
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